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Retalho nacional com menos vendas e mais furtos: Como reverter esta situação?, por João Fanha (Gateway)

Por a 20 de Dezembro de 2012 as 12:58

Por João Fanha, director de marketing da Gateway Portugal

 

Com as vendas a descer e os furtos a subir, a Gateway pretende combater uma correlação negativa que está a dificultar a vida ao retalho nacional. Desde novos conceitos de lojas à escolha do melhor plano de prevenção de quebras, o retalho nacional já se está a consciencializar que tem de adoptar novas medidas porque neste momento está “entre a espada e a parede”.

De acordo com o estudo Xmas Survey da Deloitte, os portugueses vão gastar menos 13,5 por cento neste Natal, cerca de 464 euros por lar, repartidos entre presentes, alimentação e bebidas e actividades de socialização. Uma tendência que vai ao encontro da indicada pelo Observador Cetelem, cujo estudo aponta uma redução de 35% nos gastos com presentes de Natal. Mas a área que irá sofrer mais será a não alimentar, onde um dos sectores mais cobiçados se insere: o da electrónica. De acordo com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), em Setembro/Outubro, o consumo de bens alimentares caiu 4%, mas o Não Alimentar caiu cerca de 10%, sendo que categorias com a electrónica de consumo e os pequenos electrodomésticos a cair 15%.

Promover para vender

O retalho está a viver tempos difíceis, tendo de promover arduamente para conseguir vender, expondo de forma livre para potenciar e atrair clientes.

Por outro lado, além de vender menos, porque os portugueses têm o seu poder de compra reduzido, os índices de furto estão a crescer. Esta é uma correlação habitual num sistema económico social como o que estamos a viver. Determinada percentagem de furto acontecerá por necessidades fisiológicas (alimentação), outra percentagem será por necessidades de status quo – do qual muitos não querem ter de abdicar – e aqui apontamos tendencialmente para a área da electrónica – até porque o mercado negro alimenta esta realidade preocupante de revenda das ultimas novidades de todo o tipo de gadgets.

Prejuízos de 66,9 milhões

Segundo um estudo do Centre for Retail Research, os prejuízos causados com furtos no comércio, durante esta época de Natal, devem atingir a nível nacional os 66,9 milhões de euros, isto é, 5,5% a mais do que em 2011.

Ou seja, neste Natal o retalho sofre duplamente com uma redução de vendas e um aumento dos furtos. E não há fórmula mágica para resolver a situação, mas certamente uma ajuda pode e deve passar pela aposta em soluções de merchandising seguro – conciliando um plano de promoção agressivo com um de prevenção bem elaborado.

Para ter sucesso, o plano de prevenção de quebras deve ter uma implementação 24/7, 365 dias por ano e adaptado às necessidades de cada loja. Mas existem determinadas alturas do ano em que devido a maiores afluências de visitantes às lojas, os retalhistas têm que redobrar a sua protecção – como por exemplo no Natal.

Se, por um lado, a “única coisa” que está a chamar o consumidor às lojas são as estratégias de descontos e promoções que os retalhistas estão a fazer, por outro lado, só isto não basta. Uma estratégia de vendas tem de ter na sua base também uma gestão de prevenção de furto. Chamar pessoas à loja exibindo bons preços e aliciando através de descontos pode ser “um cartão de visita”, mas uma vez abrindo as portas aos visitantes nem todos estão dispostos a comprar mesmo que por um preço baixo, sem terem a certeza que é realmente aquilo que precisam.

Fidelizar o cliente

A experiência de compra é um factor cada vez mais importante para fidelizar o cliente.

Assim, há que apostar num merchandising atraente e ao mesmo tempo seguro que faça a diferença no meio de tantas marcas a aclamarem ter o melhor produto e de tantas lojas a terem o melhor desconto.

Para a maioria dos clientes “os olhos ainda comem”. Comprar numa loja bonita, com bons descontos e promoções aliciantes e que ofereçam a possibilidade de testar o artigo para os clientes poderem efectuar uma compra com consciência é, portanto, crucial. Mas para que haja esta liberdade de acesso aos artigos, para que não haja obstáculos à venda por impulso, e para que tal não prejudique as vendas, há que apostar numa segurança à medida com soluções que protejam mas simultaneamente exponham os artigos em livre serviço e com possibilidade de experimentação por parte do cliente. Tudo para um Natal mais feliz do retalho nacional!

 

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