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Entrevista: “A Wine With Spirit aposta em acções de guerrilha na Distribuição”

Por a 27 de Julho de 2012 as 18:48

Entrevista João Montes, Founder & Global Chief da WWS – Wine With Spirit

 

 A WWS – Wine With Spirit está a apostar na distribuição organizada para crescer. O El Corte Inglés é a primeira cadeia a disponibilizar os vinhos desta empresa que aposta no marketing de guerrilha para dar a conhecer a oferta. Bastardo!, Dine With Me Tonight, Carpe Noctem Voyeur e Feijoada&Company, são algumas das marcas em destaque nos armazéns espanhóis. 

 

Porque decidiram agora apostar numa cadeia de supermercados para comercializar os vossos néctares?

A Wine With Spirit tem um approach à comercialização de vinhos totalmente diferente. A Wine With Spirit não só vende vinho, vende “emoções engarrafadas”, por isso, para nós, não fazia sentido entrar em primeiro lugar na grande distribuição. A estratégia que utilizámos, foi associar-nos primeiro a espaços aspiracionais, que, de alguma maneira, têm um posicionamento semelhante ao nosso, jovem, irreverente, inovador e próximo do seu público. Queríamos que o acto de beber vinho fosse toda uma experiência, daí os nosso primeiros pontos de venda terem sido, por exemplo, o Hotel do Bairro Alto, o Hotel da Estrela, a Bénard, em Lisboa, ou o Cafeína, o Fooding House e o Terra, o Creme, Motel Afrodite, Sushinaka, no Porto, ou Cais do Oriente, Porto Bay no Rio de Janeiro, entre outros.

O importante para nós era que o nosso público percebesse o nosso vinho e conceito. Agora que chegámos a esse ponto, foi a altura certa e com o parceiro ideal para entrarmos na distribuição moderna. O El Corte Inglés é uma referência na distribuição, posiciona as marcas e representa muito do nosso público.

Que estratégia adoptaram para comercializar os néctares na distribuição organizada?

A estratégia adoptada foi a da diferenciação e inovação. Para nós, é muito importante não sermos mais uma garrafa de vinho na prateleira. É essencial que o público perceba o nosso conceito e se identifique com as nossas marcas. Assim, apostámos em ações de guerrilha que tocassem de alguma maneira com as sensações do consumidor. No El Corte Inglés, levámos o nosso boneco “voodoo” gigante para que as mulheres se pudessem vingar dos seus “Bastardos”! Basta picarem o boneco, com o nome da pessoa.

Estão em negociações com outras cadeias de distribuição?

Sem dúvida alguma que o objectivo é continuarmos a crescer, não só em Portugal como internacionalmente. No entanto, é muito importante para nós não perder o foco do que representam os nossos vinhos. Continuamos a apostar fortemente em pontos de venda aspiracionais, que estão perto do público e onde há tempo para conversar sobre o vinho e as sensações por ele despertadas. A distribuição moderna é sem dúvida um canal para consolidar, garantindo que a estratégia de diferenciação e com acções de guerrilha estão sempre presentes.

Vendem também online e em alguns restaurantes seleccionados. E as garrafeiras do comércio tradicional também estão nos vossos planos de expansão?

Vendemos online e apostamos fortemente nesse canal. Até à data, o online foi o canal de eleição para comunicar com o nosso público, quer através das páginas de Facebook, quer através de aplicações ou o nosso canal no Youtube. Acreditamos que o online é um canal fortíssimo e que tem ainda muito por desbravar no que toca à venda de vinhos.

De qualquer maneira, as garrafeiras de comércio tradicional são, sem dúvida, um ponto de referência. Mais uma vez estão muito perto do público e há uma emoção associada à venda de vinhos nestes pontos de venda, logo, não podemos deixar de estar presentes!

Quanto representa a exportação no vosso volume de vendas?

Neste momento, representa mais de 80%.

 Brasil e Polónia já fazem parte do negócio internacional. Têm novos países na calha?

Sim… um passo de cada vez e com pés bem na terra. Temos tido muitas solicitações de várias partes do mundo (confesso que alguns até tive de ir ver ao mapa onde eram exactamente). Mas os próximos mercados ou os que estão mais adiantados nas negociações com parceiros locais são Dinamarca, Reino Unido e Angola.

 

2 comentários

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