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Portugueses estão a consumir peixe de origem portuguesa e preço reduzido, por Manuel Tarré (Fileira do Pescado)

Por a 11 de Julho de 2012 as 16:04

Os congelados entraram nos hábitos dos portugueses a partir da década de 60. No início, foi difícil entrarem no mercado, pois o consumidor não conseguia fazer a relação entre a descongelação de um produto e a manutenção das suas características.

 

Mas, a situação mudou e os congelados têm cada vez maior quota de mercado. A congelação a bordo dos navios pesqueiros, e o aumento da velocidade do processo, foram determinantes para a melhoria do produto que chega ao mercado e ao consequente aumento da adesão dos consumidores.

Congelação em alto mar

Boa parte do produto fresco à venda em Portugal pode levar muitos dias em gelo. Esse produto não é comparável ao produto congelado em alto mar, que passadas pouquíssimas horas – seis para congelar e duas de preparação – está pronto. Os navios hoje em dia são verdadeiras fábricas de congelação flutuantes, o que faz com que a qualidade seja irrepreensível, pois os barcos estão sujeitos a vistorias rigorosa.

Se é verdade que há espécies e determinados tipos de pescado que ao serem sujeitos à congelação perdem ligeiramente algumas das características originais, nomeadamente de textura, como o salmonete, há outras que as ganham com a congelação. É o caso, por exemplo, do polvo.

Tradição e conveniência

O factor “comodidade” tem ajudado à imposição dos congelados no nosso mercado e, além disso, o produto congelado tem nome, marca e responsáveis por ela. A organização da vida em meio urbano leva a que cada vez mais se opte pelos produtos congelados, e o crescimento sustentado do mercado é comprovado pelas diversas marcas que operam no sector e que têm investido na melhoria da apresentação e qualidade dos alimentos, com embalagens cada vez mais práticas e sofisticadas.

O pescado com corte tradicional continua a ser a categoria mais dinâmica do mercado de congelados, tendência que se deve à forte tradição nos hábitos de alimentação da população portuguesa. Além do corte tradicional, os portugueses estão a consumir peixe de origem portuguesa e custo reduzido. O consumidor também pode levar apenas a quantidade que pretende, de forma rápida e com higiene.

O sector tem ganho sobretudo com os novos nichos de mercado que, a par com o pescado congelado embalado, opta cada vez mais por componentes de refeições congelados, como peixe preparado, pastéis de bacalhau, hambúrgueres, panados, pizas, e até artigos de pastelaria e confeitaria. Também os produtos vegetais congelados têm vindo a registar um consumo crescente, registando-se diversas inovações.

 

Manuel Tarré

Fileira do Pescado

 

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