Nasceu o Fórum do Consumo, para aproximar retalhistas e produtores
Perante as apertadas malhas da austeridade e as dificuldades que assolam a vida de tantos portugueses, qual o sentido de produtores e retalhistas estarem de costas voltadas, trocando acusações mútuas na praça pública em lugar de trabalharem em conjunto em prol do consumidor?

Rita Gonçalves
Clube de Produtores Continente comprou mais de 620 milhões de euros à produção nacional em 2024
Simple lança Oat Shakes e reforça aposta em soluções práticas e nutritivas
Mercadona aumenta em 19% o volume de compras a fornecedores nacionais em 2024
Portugal Sou Eu comemora o Dia da Produção Nacional
Lidl relança programa de estágios de verão para universitários com modelo flexível e remunerado
Absorvit lança nova campanha e reforça importância do magnésio na performance desportiva
A Leiteira estreia-se no segmento dos iogurtes com nova gama 100% natural
Nova loja Intermarché em Leiria permite a criação de 50 postos de trabalho
Fundação Mendes Gonçalves quer nutrir futuros e regenerar legados na Golegã
Vinted reforça parceria logística com a InPost para entregas em oito países, incluindo Portugal
Perante as apertadas malhas da austeridade e as dificuldades que assolam a vida de tantos portugueses, qual o sentido de produtores e retalhistas estarem de costas voltadas, trocando acusações mútuas na praça pública em lugar de trabalharem em conjunto em prol do consumidor?
A pergunta é dos criadores do Fórum do Consumo, “um espaço neutro e aberto à livre troca de opinião, ao debate construtivo e ao estudo dos fenómenos das relações comerciais e de consumo, celebradas entre consumidores, profissionais e empresas da produção, da distribuição e dos serviços”, define José António Rousseau, Presidente Fórum do Consumo, docente e consultor de distribuição e cronista do Hipersuper.
José Rousseau, Carlos Ascensão, professor de Empreendedorismo e Marketing no ISCTE, Telmo Vieira, vogal do Conselho Fiscal de um banco em Portugal, e José Eduardo Martins, advogado, são apenas três elementos de um grupo de 10 profissionais que sentiram necessidade de fundar o Fórum do Consumo.
No entanto, a ideia saiu da cabeça de José Rousseau, confidencia o próprio ao Hipersuper. “A ideia partiu de mim, pois constatei não existir nenhuma organização em Portugal ou no estrangeiro com estas características. Registei o nome, elaborei os estatutos e convidei algumas pessoas que, pelas suas características pessoais e profissionais, pareciam as melhores a aderirem ao projecto. Fizemos uma reunião preparatória, uma assembleia-geral constitutiva e em 7 de Junho outorgámos a escritura pública de constituição”.
Além de aproximar produtores e retalhistas, o fórum ambiciona trazer a temática do consumo para o meio académico. “Os meios universitários continuam a dedicar tão pouco do seu tempo ao estudo e ao ensino da temática do consumo, pouco produzindo de conteúdos científicos sobre um fenómeno transversal, omnipresente e que a todos crescentemente nos envolve. Áreas como, por exemplo, a sociologia e antropologia do consumo, o direito do consumo, o consumo sustentável, têm sido menosprezadas senão mesmo ignoradas pelo meio académico pouco ou nada se investigando nem produzindo estudos científicos relacionados com estes temas”.
Por: José António Rousseau
O Fórum do Consumo tem como assinatura: Engage to win; como Missão: Ser, em Portugal e no mundo, uma organização de referência, geradora de conhecimento, consensos e soluções para o mundo das empresas e dos consumidores; como Valores: o Diálogo, a Neutralidade, a Liberdade, o Conhecimento e a Sustentabilidade; e como objectivos: A análise e o debate, em conjunto, da temática do consumo, de forma séria, profunda, transparente e construtiva para fortalecer a relação entre empresas e consumidores.
Tudo é consumo e o consumo é tudo. Desde os mais remotos tempos da antiguidade até aos dias de hoje e desde o nascer ao sol pôr de cada dia, os actos da humanidade foram e são marcados por actos de consumo.
O consumo é o maior fenómeno económico e civilizacional do mundo e sejam quais forem as direcções em que irão evoluir as sociedades dos quatro cantos da terra, a marca comum a todas será o consumo.
Cada vez mais sofisticado e alargado nas suas formas e tipologias, cada vez mais influenciador dos próprios comportamentos humanos, o fenómeno do consumo é universal e transversal a todos os estratos populacionais e etários, sejam quais forem as suas geografias, credos, politicas ou economias.
As relações entre produtores e distribuidores foram desde sempre objecto de conflitos de interesse e de poder. Contudo, nos últimos anos, por força do crescente aumento da dimensão critica e de quota de mercado das empresas de distribuição, estes conflitos têm vindo a assumir maior importância, traduzidos numa dialéctica de confronto negocial cada vez mais crispado e de acusações recíprocas entre os interessados.
Não é aceitável que, nas actuais circunstâncias de crise e de dificuldades, produtores e distribuidores continuem de costas voltadas uns para os outros, digladiando-se inutilmente na praça pública e em reuniões privadas, em vez de trabalharem em conjunto para acrescentar valor para os seus clientes comuns: os consumidores.
É também incompreensível que os meios universitários continuem a dedicar tão pouco do seu tempo ao estudo e ao ensino da temática do consumo, pouco produzindo de conteúdos científicos sobre um fenómeno transversal, omnipresente e que a todos de forma crescente envolve.
De facto, áreas como, por exemplo, a sociologia, a psicologia, a antropologia e o direito do consumo ou mesmo o consumo sustentável têm sido menosprezadas, senão mesmo ignoradas pelos meios académicos, pouco ou nada se investigando nem produzindo em termos de estudos científicos.
Torna-se pois indispensável e imperativo criar uma entidade neutra que esteja comprometida com todas as empresas e os consumidores, sem contudo, estar dependente de quaisquer interesses políticos, corporativos ou económicos.
Por tudo isto:
O Fórum do Consumo será um espaço neutro e aberto à livre troca de opinião, ao debate construtivo e ao estudo dos fenómenos das relações comerciais e de consumo, celebradas entre consumidores, profissionais e empresas da produção, da distribuição e dos serviços.
O Fórum do Consumo será um agregador de interesses e um comunicador por excelência, dirigindo-se aos seus associados e aos mercados, nos quais procurará criar o necessário envolvimento para que todos se sintam parte integrante do projecto.
O Fórum do Consumo será sinónimo de inovação nos processos, nas metodologias, nos projectos, de modo a conseguir energizar a sociedade portuguesa e levá-la a acreditar que tudo é possível e que o pensamento e a atitude positiva são imprescindíveis.
O Fórum do Consumo defenderá e praticará a partilha de informação, a integração de todos os agentes económicos e o seu comprometimento nas acções desenvolvidas e nos resultados pretendidos.
O Fórum do Consumo pretende gerar o clima de confiança indispensável para se poder trabalhar em conjunto de forma verdadeira, emocionante e, sempre que possível divertida, para conseguir criar e antecipar soluções.
O Fórum do Consumo procurará aplicar na sua praxis e em todas as suas actividades o conceito de custo/benefício, de modo a aproveitar da melhor maneira possível e sem desperdícios, os escassos recursos disponíveis que lhe sejam afectos ou colocados à sua disposição.
José António Rousseau
Presidente Fórum do Consumo
jose.rousseau@forumconsumo.com
www.forumconsumo.com