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Indústria transformadora é o sector com maior contributo para a economia nacional

Por a 17 de Abril de 2012 as 23:27

A indústria agro-alimentar em Portugal é determinante para uma estratégia de crescimento do País, com um contributo directo para o aumento das exportações e a capacidade de garantir a auto-suficiência alimentar. Esta foi uma das principais conclusões da análise macroeconómica do sector apresentada pelo Managing Partner da Deloitte, Luís Magalhães, no âmbito do IV Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, realizado ontem [Terça-feira].

“Face ao actual contexto económico do País, os desafios futuros para um crescimento sustentável passam por garantir um alinhamento estratégico entre os diversos players em áreas críticas como: a adopção de uma cultura de eficiência e produtividade, o enfoque na inovação e diferenciação dos produtos nacionais, a implementação de uma política de internacionalização e o estímulo à capacitação de alavancagem do sector primário”, revelou o responsável da consultora.

Se os números indicam que, em termos económicos, o sector gera um volume de negócios de cerca de 14 mil milhões de euros, o que se consubstancia num Valor Acrescentado Bruto (VAB) de cerca de 3 mil milhões de euros, os dados da Deloitte indicam que a indústria agro-alimentar é a indústria transformadora que mais contribui para a economia portuguesa, representando quase o dobro do volume de negócios da segunda indústria transformadora (a indústria metalúrgica), mais de 26% do seu VAB.

De referir que desde 2006 que a indústria agro-alimentar tem tido um crescimento médio de cerca de 1%, tendo resistido ao início da crise económica, constituindo a indústria transformadora com o maior nível de investimento, registando em 2009 cerca de 660 milhões de euros

Além disso, trata-se de uma indústria que assegura directamente cerca de 110.000 postos de trabalho, destacando-se como a segunda indústria transformadora mais representativa, apenas ultrapassada pela indústria têxtil. Complementarmente, gera indirectamente cerca de 500.000 postos de trabalho, fundamentalmente pelo impulso que dá ao sector primário.

Quanto ao futuro, Luís Magalhães referiu que, “com um tecido empresarial fragmentado, é fundamental garantir a implementação de melhores práticas de negócio, optimizando a estrutura de custos e a sustentabilidade de processos produtivos”. Além disso, o Managing Partner da Deloitte salientou ainda que “é preciso incutir políticas expansionistas nos planos de negócio das empresas da indústria, orientando para ganhos de volume e de escala”.

Assim, Luís Magalhães destacou a importância da garantia do apoio às diversas empresas que já têm um plano activo de expansão, quer por via do dinamismo do estado quer pelo papel activo das associações do sector.

“Para potenciar a presença nos actuais e futuros mercados, é fundamental que a indústria continue a criar inovação e diferenciação dos seus produtos face a marcas estrangeiras. Adicionalmente, esta medida permitirá criar em paralelo barreiras à entrada de outros produtos no mercado nacional, o que poderá também ser reforçado pelo lançamento de acções de sensibilização para o consumo de produtos de marca nacional”, explicou Luís Magalhães.

E concluiu: “Assumindo-se como um agente activo do desenvolvimento do sector primário, a indústria agro-alimentar tem um papel determinante neste sector ao garantir a auto-suficiência nacional no abastecimento e na aproximação dos níveis competitivos, através da redução de intermediários e do acesso a matérias-primas a níveis mais competitivos”.

 

 

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