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Jorge Henriques, Presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA): “Portugal precisa de uma visão mais agro-alimentar e menos agrária”

Colocada que está a competitividade como principal desafio da agro-indústria para o futuro, Jorge Henriques, Presidente da FIPA, aponta o aumento do IVA na restauração como umas das piores políticas dos últimos 100 anos em Portugal.

Victor Jorge
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Jorge Henriques, Presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA): “Portugal precisa de uma visão mais agro-alimentar e menos agrária”

Colocada que está a competitividade como principal desafio da agro-indústria para o futuro, Jorge Henriques, Presidente da FIPA, aponta o aumento do IVA na restauração como umas das piores políticas dos últimos 100 anos em Portugal.

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Portugal está, de certa forma, a viver um regresso às origens. Ou seja, a agricultura está hoje a ser considerada, depois de muitos anos ignorada, como uma possível tábua de salvação. Isto depois de o País ter sido, segundo Jorge Henriques, presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), confrontado com uma das maiores mentiras: a de que “Portugal não tinha de produzir bens transaccionáveis, que não precisaríamos da agricultura e da indústria”.

No dia do IV Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, o responsável da federação está esperançado que o Governo “comece a olhar para a indústria como algo que é absolutamente estratégico”.

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Hipersuper (H): Que balanço faz destes 25 anos da indústria agro-alimentar em Portugal? Quais foram os principais marcos deste quarto de século?
Jorge Henriques (J.H.): Naturalmente que 25 anos de uma federação de uma indústria agro-alimentar são anos difíceis, de enormes sucessos nalgumas frentes, mas também de algumas desilusões.

A FIPA surge num período que tem a ver com a então adesão de Portugal à CEE, dando resposta a esse desafio, bem como ao enorme conjunto legislativo que Portugal teve de incorporar. Situações como a segurança alimentar foram uma bandeira e tiveram resultados que transcenderam em muito todas as expectativas.

H: A segurança alimentar é o maior marco?
J.H.: É um dos marcos mais importantes ao lado da constituição de uma federação num país tradicionalmente avesso ao associativismo.

A federação é hoje incontornável no relacionamento quer a nível europeu com a federação europeia quer a nível interno com as autoridades locais.

H: Mas nestes últimos 25 anos de existência da FIPA, onde é que se avançou mais e quais foram os passos que deveriam ter sido dados e que ainda não foram dados?
J.H.: Na questão da segurança alimentar demos um salto qualitativo numa Europa que estava já muito mais avançada.

H: Encurtámos essa distância?
J.H.: Sem dúvida nenhuma. Tenho dito várias vezes: temos uma indústria, em diferentes sectores, capaz de responder a nível europeu.

Não nos podemos, no entanto, esquecer que este sector da agro-indústria foi um sector que durante muitos anos teve um défice de sinalização, que não foi capaz de criar sedução. Nós tínhamos uma tarefa enorme para fazer e essa tarefa de verdadeiro ajustamento, o sector deu-a como exemplo ao País.

H: Mas onde é que Portugal não avançou?
J.H.: A FIPA tem vindo, há 10 anos, com muita resistência, a apontar algumas políticas, nomeadamente, a transferência de conhecimento entre o meio académico, cientifico e as empresas. Havia um desfasamento de linguagem e métodos entre a universidade e a indústria.

Em 2008, logo no início da crise em que ainda estamos mergulhados, a promoção do Pólo Tecnológico, com o apoio da FIPA, visou fundamentalmente e de uma forma única apoiar a transferência do conhecimento entre o meio académico e científico e as empresas. Ou seja, promover a inovação, uma cultura de maior criatividade e de maior interligação, sobretudo, num universo constituído, na sua maioria, por pequenas e médias empresas.

Por outro lado, temos a questão da promoção externa e da internacionalização que, parecendo a mesma coisa, são coisas distintas. Isto leva-nos, contudo, à questão dos grandes pensadores que julgavam que Portugal não tinha de produzir bens transaccionáveis, que não era preciso produzir, que não precisaríamos da agricultura e da indústria. Essa deverá ter sido das maiores mentiras que nos contaram e à qual não conseguimos dar a volta.

Hoje, contudo, Portugal está confrontado com a necessidade de exportar. E o que pode exportar: bens transaccionáveis. Ora, não nos preparámos ao longo dos últimos anos do ponto de vista de aproveitamento ordenado e coordenado dos dinheiros que vieram de Bruxelas exactamente para a promoção externa.

Temos uma visão muito clara, não só no quadro externo, mas também interno que não se pode descurar. É preciso não esquecer o mercado interno e querer ir lá para fora como se isso fosse uma coisa que se fizesse por decreto ou carregando num botão.

Há que colocar esta questão: se não temos dimensão no quadro interno, como é que vamos produzir para outros países onde há, naturalmente, oportunidades para as empresas com alguma dimensão.

Por isso, neste capítulo falhámos rotundamente na definição de mercados-alvo, ficando concentrados por muito tempo em mercados bem próximos de Portugal.

H: Tivemos demasiadamente centrados na Europa?
J.H.: O nosso primeiro mercado foi Espanha e agora estamos a sofrer as consequências da crise que o nosso vizinho também está a atravessar. E o que fizemos? Mudámos de armas e bagagens para Angola que nunca devíamos ter abandonado.

Não obstante, o sector não falhou, o que aconteceu foi que o sector não teve o apoio que outras indústrias de bandeira tiveram para se internacionalizar.

H: Quais?
J.H.: Estou a falar das indústrias conhecidas como, por exemplo, as energias que viveram e trabalharam sempre com rede num mercado altamente protegido e sem concorrência e que curiosamente continua a ser uma das formas como alguns sectores gostam de trabalhar em Portugal, debaixo de um músculo colonial e ao mesmo tempo sem concorrência.

H: Mas faltou a definição de mercados-alvo estratégicos?
J.H.: O que temos de clarificar de uma vez por todas é a visão estratégica para a promoção externa. Como é que nos vamos afirmar na questão da promoção externa?

De seguida, conseguir seleccionar mercados-alvo, mas num quadro de exigência muito rápida, porque estamos a trabalhar já sem rede, antes tínhamos 20 anos de rede. Agora, temos de quase carregar num botão e fazer acontecer.

Portugal neste momento precisa de exportar bens transaccionáveis produzidos nas nossas fábricas.

H: Mas quais são esses mercados-alvo?
J.H.: Isso depende também muito das marcas e empresas. Nós temos que aproveitar aquilo que são os conhecimentos das empresas ao longo dos anos. Curiosamente temos vindo a crescer nos últimos anos fora da UE, o que é um bom sinal. E, claro, crescemos em África, mas temos um enorme défice na América Latina. Não faz sentido que Portugal tenha uma ligação com o Brasil, e por consequência à América Latina, e não possa aproveitar e pensar nessa geografia.

Em relação a África, deveríamos estar a pensar na África Austral que nos pode permitir uma outra dimensão a nível de consumidores e atacar as geografias que nos são mais próximas, concretamente Angola e Moçambique.

H: Da parte do Governo deveria haver um maior apoio para essa promoção?
J.H.: Penso que a questão deve ser posta ao contrário. O que é que nós já fomos capazes de fazer para ajudar este Governo?

H: É assim que a questão deve ser colocada?
J.H.: Sim e não estou a citar nenhum grande pensador ou político. Acho que os governos, sobretudo os últimos, têm uma necessidade de ajuda não só para se ajustar às novas realidades, como também para se situar. É preciso ver se têm capacidade para ouvir. Espero que este Governo mude um pouco a sua agulha e discurso e tenha a capacidade para ouvir a indústria e o sector naquilo que é pertinente e onde tem know-how.

Não nos podemos esquecer que o nosso sector é constituído, na sua maioria, por PME e é aqui que os escritórios do AICEP e as embaixadas têm, não podem, têm de ter um papel fulcral. Não têm outra missão. Não vivemos em estado de guerra com nenhum país. Por isso, as embaixadas e os escritórios do AICEP não têm outra missão, senão colocarem-se ao serviço das empresas e dos sectores exportadores.

Agora, onde é que se tem de fazer alguma coisa e o Governo pode ajudar? Nós temos um grave problema transversal a todos os sectores, mas muito particular para o agro-industrial, que é o financiamento. Sabemos que há uma falta enorme de liquidez nos bancos portugueses, decorrente da crise, há um grave problema nos seguros de crédito para a exportação e por outro lado, temos alguns custos de contexto que não têm vindo a baixar, pelo contrário temos vindo a registar aumentos sucessivos na energia e combustíveis e até no acesso a redes portuárias, que fazem disparar a nossa falta de competitividade quando esta deveria estar a melhorar. Neste contexto interno, a indústria perdeu muito oxigénio no mercado interno.

Ajustamento é uma palavra interessante que, usada com conta peso e medida, pode em momentos difíceis, significar uma coisa. Nós estamos a contrair da forma mais dramática que já alguma vez vi, e muito em particular neste sector, pela conjugação de um conjunto de factores, desde logo a situação económico-financeira do País, o aumento do desemprego em geral e das políticas que têm sido levadas a cabo, nomeadamente, as que foram impostas aos funcionários públicos que lhes retira dois meses de salário e que se reflectem no consumo interno.

Claro que me vai dizer que neste aspecto que nos tínhamos de ajustar porque vivemos durante muitos anos acima das nossas possibilidades. É uma frase que detesto ouvir …

H: Há quem coloque a questão da seguinte forma: O consumidor mudou, a economia mudou, o mercado mudou. A indústria transformadora também mudou, ou melhor, adaptou-se?
J.H.: Na indústria agro-alimentar e quando se fala na necessidade de ajustamento e em menor consumo, a maior parte das pessoas não sabe do que está a falar. De um forma geral, em praticamente todos os produtos da indústria agro-alimentar, já consumimos menos do que a média europeia.

A questão do ajustamento aqui não está no ajuste à média com que nos gostamos de comparar. Não, nós estamos a comprimir aquilo que eram os nossos gastos e as nossas despesas com alimentação.

Portanto, no caso da indústria agro-alimentar estamos a falar de uma contracção forçada em muitos casos pela perda de rendimento, mas também pelo facto de factores adversos, como foi a política fiscal, nomeadamente o IVA. E esta veio a reflectir-se por duas vias, directamente sobre os produtos e directamente sobre os canais, como foi o caso do aumento do IVA na restauração para 23%, que vai ficar sinalizada como pior política dos últimos 100 anos em Portugal. Não podia ser mais negativa em várias dimensões.

Para lhe mostrar como este sector é razoável e como não pensa somente na sua indústria, mas que pensa em Portugal e nos consumidores, nós fizemos propostas muito concretas ao Governo de um equilíbrio que permitiria que o ajustamento se fizesse e alguma contracção seria inevitável, mas que não fosse feita desta forma, com esta desagregação completa e esta destruição de valor que está a acontecer decorrente de um aumento de IVA exponencial e que está a colocar dificuldades enormes a muitas empresas e negócios.

H: Depois de, em 2010, se ter batido pela manutenção das taxas do IVA, a FIPA viu esse imposto ser alterado em 2011. Um estudo desenvolvido pela FIPA e a Deloitte, apontava, em Agosto de 2011, para repercussões graves no sector e na economia nacional. Confirmam-se a redução significativa do volume da produção nacional, a perda de cerca de 40.000 postos de trabalho ou o forte movimento de deslocalização de empresas?
J.H.: Confirmo, naturalmente. Quando ajudámos ou melhor tentámos ajudar o Governo a elaborar o Orçamento de Estado, a FIPA teve o cuidado de propor soluções e apresentar os resultados e mostrar como outras soluções teriam outras consequências, devidamente quantificadas.

Dissemos que se alguns sectores tivessem aumentos de IVA de 6 para 23%, as consequências seriam brutais, com quedas de consumo a dois dígitos, significando, a curto/médio prazo, mais desemprego e eventualmente deslocalizações de empresas nacionais. Isso está a acontecer.

Ora, com esta política ninguém sai a ganhar.

H: Mas que soluções apresentaram?
J.H.: Colocar, por exemplo, a generalidade dos produtos num IVA intermédio a 13%. Isso criaria menor sacrifício, maiores resultados e a contracção esperada, nomeadamente, a substituição das importações por exportações iria acontecer.

H: Está a dizer que em vez da contracção, teríamos o tal ajustamento?
J.H.: Exactamente. O que nós sempre defendemos foi que, face à necessidade que o País tem de um ajustamento, seria expectável uma contracção, mas não com esta brutalidade.

H: Mantém a afirmação de que o sector agro-alimentar tem sido desprezado pelo Ministério da Agricultura?
J.H.: Eu não disse pelo Ministério da Agricultura, disse pelo poder público. Até porque a indústria tem dois ministérios: o da Agricultura e o da Economia.

Há dois anos e meio que temos vindo a dizer ao Ministério da Agricultura que Portugal precisa de uma visão mais agro-alimentar e menos agrária.

Temos vindo a dialogar muito com a actual Ministra da Agricultura sobre aquilo que são os focos para esta indústria, qual o caminho que este sector deve trilhar e como poderemos trabalhar em fileira. Daí resultou uma coisa já extremamente positiva: a recente criada PARCA.

Penso que este Governo começa a olhar para a indústria como algo que é absolutamente estratégico.

H: Foi preciso batermos no fundo para reconhecermos que de facto a indústria era essencial?
J.H.: Não sei se se trata de bater fundo ou se é o trazer de uma nova geração. Nós nunca devíamos ter abandonado a agricultura. Porque é fundamental para assegurarmos a nossa soberania nacional. Naturalmente que não podemos passar a produzir tudo, mas podemos, sim, produzir mais e depender cada vez menos do exterior, sabendo que nalgumas matérias-primas temos de ir lá fora.

Quanto mais tempo ficarmos desligados da prática agrícola, das suas práticas e experiências, mas difícil se torna o regresso.

H: Mas referiu que o poder político esteve muito virado para tudo menos a produção primaria. Hoje é cada vez mais consensual que o País se tem desligar dessa corrente terciária e ligar-se à primária.
J.H.: Quando entrámos na CEE fizemo-lo de malas vazias, de mãos a abanar, disponíveis para aquilo que nos apresentassem. E o facto é que conhecemos um forte empurrão que nos deslocou daquilo que era uma missão: a indústria, as pessoas e a agricultura. Este era o nosso território fértil, capaz, que estava ali nas nossas mãos, que não tínhamos de comprar, só tínhamos de lhe dar continuidade. Isso perdeu-se, foi ausência de desígnio.

H: Mas não será que as entidades nacionais não estão demasiado sujeitas ou obrigadas a seguir o que é ditado de fora?
J.H.: Direi que não. Há espaço de manobra, o que acontece é que abandonámos muitas das nossas culturas tradicionais e depois passámos a importá-las. No caso das frutas, por exemplo, importamos muita coisa quando não tínhamos necessidade de importar sequer metade.

O problema é que os mercados não estão a funcionar, há um desequilibro.

H: Em relação a esse desequilíbrio, aproveito as palavras da Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que no inicio do ano afirmava que “a relação de poder entre distribuidores e produtores não é equilibrada”, destacando mesmo que “quem está na posição mais fraca, sente-se esmagado”. Esse sentimento de esmagamento continua? O que será necessário fazer para equilibrar esta relação de poder entre a distribuição e a produção?
J.H.: Não costumo comentar as afirmações dos governantes, mas de toda a maneira direi que a Autoridade da Concorrência (AdC), em 2010, numa análise que fez detectou desequilíbrios entre a indústria e os seus clientes.

Esses desequilíbrios são conhecidos e reconhecidos e são normais num quadro de evolução absolutamente fantástico como aconteceu em Portugal nos últimos 25 anos.

Há um desequilibro, é preciso ajustar os instrumentos, nomeadamente aqueles que concorrem para a fiscalização das actividades e depois é preciso encontrar soluções. Ao longo dos anos isto não foi olhado e de um momento para o outro houve a ânsia de querer, num só golpe, resolver tudo.

Nós estamos sobre um sufoco em tudo neste momento em Portugal, seja legislativo, de um conjunto de quadros e códigos que são imposto de fora quando deveriam ser encontrados cá dentro.

H: Como por exemplo o Código de Boas Práticas que anda emperrado há bastante tempo?
J.H.: Digo-lhe, sinceramente, que não há código nenhum emperrado. O código nasce em 1997 e nasce do reconhecimento de que algumas coisas não funcionavam e que era preciso colocá-las num código. Acontece é que esse código ao longo dos anos não funcionou. O código como instrumento não serviu nem de árbitro, nem para nada.

Por isso, não há nada emperrado. É legítimo e normal que as associações e confederações estejam a discutir um assunto muito delicado, sobretudo, quando estamos a falar de partes que estão em desequilíbrio.

H: Mas temos uma possibilidade de serem as próprias confederações/associações – APED, CIP e CAP – a arranjarem uma solução? Ou essa solução será imposta por via legislativa?
J.H.: Uma coisa não prescinde da outra. Um Código de Boas Práticas tem de assentar em dois aspectos: por um lado, a representatividade e, por outro, a eficiência e efectividade do código. Tem de funcionar.

Mas o relatório da AdC é extraordinário porque é a primeira vez que é produzido um relatório deste tipo, com aquela qualidade e aquela abrangência, dizendo que o que não se consegue fazer de uma maneira, terá de ser complementada com a outra. Não diz que se pode prescindir de uma ou outra.

H: Mas a FIPA tem apontado caminhos? Esses caminhos significam cedências demasiadamente grandes de partes envolvidas?
J.H.: Em tudo o que é um acordo tem de haver cedências. A indústria é que tem cedido mais ao longo dos anos e isto acaba por ser a melhor prova da nossa boa vontade.

H: Não podem ceder mais?
J.H.: Não, não há mais nada a ceder. O que há a ceder é uma questão de partilha e reconhecimento de que há problemas que terão de ser resolvidos.

A FIPA confia que as partes têm de encontrar uma solução, porque têm de fazer parte dessa mesma solução.

A velha frase de que estamos condenados a entender-nos, é um facto. Não pode haver indústria sem distribuição e não pode haver distribuição sem indústria, e não há indústria sem agricultura.

O carril em que nos movemos tem de ser o mesmo, cada um tem o seu papel e puxa mais no sentido de melhor a sua competitividade. Vão demorar algum tempo, mas todos os parceiros vão entender-se.

H: Quais são os principais desafios para a indústria transformadora nos próximos anos?
J.H.: O maior desafio que a indústria agro-alimentar vai ter é o da competitividade.

Num sector que pesa cerca de 14 mil milhões de euros, sendo o maior sector industrial transformador português, representando 5% do PIB nacional (construído como deve ser e segundo as regras), com um Valor Acrescentado de 18%, que contribui com mais de 16% para o emprego nacional, os desafios têm, por isso, de passar pela competitividade e assentar no abastecimento de proximidade.

Não vou aqui enumerar um chorrilho de pontos que têm vindo a ser apontados, pelo menos, há uma década e que continuam na mesma, como a justiça. Lembro-me de apontar ao anterior Governo no código das insolvências e que era um dos problemas. Recordo-me que me olharam e perguntaram se tinha a certeza. Ora, veja-se a actualidade.

Recordo que o importante é recuperar as empresas, não é acelerar um código para destrui-las ou fechá-las, isso é fácil.

Como disse, é preciso melhorar a competitividade e essa melhora-se através de um conjunto de políticas fiscais e de sinalização que este governo tem de ter relativamente à indústria.

H: Esse melhoramento da competitividade já não está tanto do lado das empresas?
J.H.: Não, de forma nenhuma. A partir de agora, só se cortássemos no pessoal todo e deixássemos as máquinas a trabalhar sozinhas.

Nós já fizemos todo o percurso que tinha de ser feito nesse domínio que foi melhorar a performance industrial, os parques industriais, as unidades industriais, dar-lhes um modelo de sustentabilidade, adoptar as melhores práticas de gestão, ter os melhores recursos humanos, tecnológicos, sermos inovadores.

Em todos estes aspectos, mais os pontos ligados à qualidade, ao marketing, packaging, de imagem, qualquer produto português é capaz de concorrer com qualquer produto internacional. Não falo em escala, mas do produto.

Por isso, o que a indústria pretende também dizer com este congresso é, estamos aqui, estamos vivos, estamos a trabalhar, a fazer o melhor que podemos e sabemos pelo País.

É preciso que não nos criem dificuldades que, de alguma forma, possam tirar as energias que precisamos de concentrar para ultrapassar este difícil contexto em que nos encontramos.

Sobre o autorVictor Jorge

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Pingo Doce cresce 2,8% no 1.º trimestre para 1,2 mil milhões de euros

Num contexto de consumo marcado pela elevada sensibilidade ao preço e por um calendário menos favorável, o Pingo Doce encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um crescimento das vendas de 2,8%, totalizando 1,2 mil milhões de euros.

Excluindo o segmento de combustíveis, o crescimento like-for-like (LFL) atingiu os 1,1%, sustentado pelo desempenho das lojas que operam sob o conceito All About Food, que têm vindo a ganhar peso estratégico na proposta da insígnia.

A operar num mercado fortemente promocional, o Pingo Doce manteve a sua agressiva política de descontos, o que lhe permitiu preservar quota num ambiente de grande competitividade. No trimestre, a insígnia do grupo Jerónimo Martins abriu uma nova loja e concluiu a remodelação de 13 localizações.

Em termos consolidados, o EBITDA da Distribuição Portugal cifrou-se em 78 milhões de euros, 0,7% abaixo do trimestre homólogo, tendo a respetiva margem atingido 5,2% (5,3% no 1T 24), pressionada pela subida dos custos com pessoal na sequência do aumento de 6,1% do salário mínimo nacional.

A Jerónimo Martins fechou o primeiro trimestre de 2025 com um resultado líquido de 127 milhões de euros, 31,4% acima do ano anterior, ou 6,1% abaixo se excluídos os outros ganhos e perdas de natureza não recorrente. No 1º trimestre de 24, esta rubrica incluiu os 40 milhões de euros da dotação inicial da Fundação Jerónimo Martins.

As vendas cresceram 3,8% (+1,9% a taxas de câmbio constantes), impactadas negativamente pelo efeito de calendário já que o ano anterior, sendo bissexto, contou com mais um dia de vendas e também com a Páscoa, que em 2025 foi no 2T. O EBITDA aumentou 3,8% (+1,2% a taxas de câmbio constantes) com a respetiva margem, em linha com o ano anterior, a cifrar-se em 6,3%, informa a Jernónimo Martins em comunicado

Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador-delegado da Jerónimo Martins, sublinha a resiliência do grupo num cenário de grande incerteza: “Neste ambiente de contenção, todas as nossas Companhias trabalharam com disciplina para gerir a pressão sobre as margens que decorre da subida dos custos com pessoal na sequência do aumento dos salários mínimos em cada país, num momento em que a inflação nos cabazes permanece baixa”.

“Ainda que o primeiro trimestre apenas permita uma leitura muito limitada das tendências nos mercados, os resultados do Grupo, nestes três meses e perante o comparativo muito exigente do ano anterior, são sólidos e confirmam a competitividade das propostas de valor e a estratégia, dos últimos anos, de reforçar os modelos de negócio das diferentes insígnias”, pode ler-se na mensagem divulgada

“Atentos ao desenvolvimento das dinâmicas de consumo e da concorrência, manteremos o foco no crescimento sustentável, defendendo as nossas bases de clientes, executando o nosso ambicioso plano de expansão, e respondendo aos desafios ambientais e sociais que enfrentamos num contexto particularmente volátil.”, garante.

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Com assinatura dos enólogos Pedro Pinhão e Luís Paulino, estes vinhos refletem o perfil mais leve e fresco da colheita deste ano, marcada por menos picos de calor e maior exuberância aromática, refere a Quinta da Lagoalva.

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Com a chegada dos dias mais longos e solarengos da primavera, a Quinta da Lagoalva apresenta os primeiros vinhos da vindima de 2024, apostando num trio refrescante e aromático que espelha o potencial da região dos Vinhos do Tejo: o Lagoalva branco, o Lagoalva Sauvignon Blanc e o Lagoalva rosé. Com assinatura dos enólogos Pedro Pinhão e Luís Paulino, estes vinhos refletem o perfil mais leve e fresco da colheita deste ano, marcada por menos picos de calor e maior exuberância aromática, refere.

A gama agora lançada assume uma identidade moderna e alinhada com as tendências de consumo, destacando-se pelo menor teor alcoólico (10,55% no rosé e 11,30% no branco) e por um estilo descomplicado, que valoriza os aromas primários e a autenticidade da fruta, sem passagem por madeira.

O Lagoalva branco 2024 é um lote composto maioritariamente por Fernão Pires (80%), complementado por Arinto (10%) e Sauvignon Blanc (10%), revelando notas de fruta citrina e pera no nariz, com boa acidez e equilíbrio na boca. Já o Lagoalva Sauvignon Blanc 2024, elaborado exclusivamente com a casta internacional que a propriedade explora desde 2009, destaca-se por aromas vegetais e tropicais, num perfil fresco e vibrante. Por fim, o Lagoalva rosé 2024, com Touriga Nacional e Syrah em partes iguais, oferece um perfil aromático dominado por morango e framboesa, com uma cor rosa-pálido apelativa e uma prova de boca marcada pela leveza e frescura.

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Agricultura perde mais de 16 mil trabalhadores num ano e enfrenta desafios estruturais no recrutamento

O setor agrícola perdeu, num ano, mais de 16 mil profissionais em Portugal, revelam os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Entre o segundo trimestre de 2023 e o final de 2024, o número de trabalhadores nas áreas da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca caiu de 158,8 mil para 142,9 mil, o que representa uma quebra de 10% e inverte a tendência de crescimento registada desde 2021.

A análise é da Eurofirms – People First, que alerta para a natureza estrutural do problema, num setor historicamente marcado pela elevada sazonalidade, forte predominância masculina e dificuldades persistentes no recrutamento, particularmente acentuadas nas regiões do interior do país.

Num esforço para compreender os entraves enfrentados por empregadores e candidatos, a Eurofirms ouviu empresas do setor primário e profissionais acompanhados pela empresa de recursos humanos. Um dos testemunhos é da SALM, empresa neerlandesa instalada em Salvaterra de Magos, especializada na produção de lavanda. Um porta-voz da empresa salienta a escassez de pessoal qualificado, sobretudo em períodos críticos como plantação e colheita. “A demanda por trabalhadores aumenta em períodos específicos, como em momentos de plantação e colheita, o que pode dificultar a atração de candidatos disponíveis”, refere o responsável, adicionando que “muitos jovens não consideram a agricultura como uma carreira viável, e isso resulta na escassez de mão de obra”, sublinha.

Do lado dos trabalhadores, Ana Filipa Santos, candidata acompanhada pela Eurofirms, reconhece a importância estratégica do setor agrícola e mostra entusiasmo em integrar esta atividade. Ainda assim, identifica desafios relevantes: “É um setor que não oferece, por exemplo, a quem tem filhos as condições necessárias para a conciliação entre a vida pessoal e profissional”.

Para João Lourenço, business leader da Eurofirms em Portugal, os dados devem ser um sinal de alerta para os decisores e operadores do setor. “É um setor que não oferece, por exemplo, a quem tem filhos as condições necessárias para a conciliação entre a vida pessoal e profissional”, defende. O responsável acrescenta ainda que o setor agroalimentar tem demonstrado grande potencial económico, tendo atingido, em 2024, o valor recorde de 2,5 mil milhões de euros em exportações de frutas, legumes e flores – um crescimento de 7,5% face ao ano anterior, segundo o INE.

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InPost nomeia Luis Florit como diretor comercial para a Península Ibérica

A nomeação surge num momento estratégico para a tecnológica e logística, que continua a expandir a sua rede e a reforçar o seu posicionamento na Península Ibérica.

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A InPost acaba de anunciar a nomeação de Luis Florit como novo diretor comercial para Espanha e Portugal.

Com mais de uma década de experiência em cargos de liderança nas áreas de marketing, vendas e desenvolvimento de produto, a InPost sublinha que Luis Florit traz um sólido know-how em estratégia digital, comércio eletrónico e modelos SaaS. O novo responsável terá como missão impulsionar a operação comercial da InPost nos dois mercados, assegurando a resposta às crescentes exigências do setor e promovendo a expansão da marca, acrescenta.

“Fazer parte da InPost representa um desafio, pois é uma empresa que está em constante crescimento e nós, no departamento comercial, temos de acompanhar as exigências do mercado”, afirma Luis Florit. “Estou muito ansioso por trabalhar com a grande equipa de profissionais da InPost e continuar a expandir a marca em Espanha e Portugal.”, acrescenta.

A nomeação surge pouco depois da entrada de Luigi Cirocco como Diretor de Operações para a região ibérica, reforçando a aposta da InPost numa estrutura de liderança robusta para consolidar a sua presença na Europa do Sul. A empresa tem intensificado o investimento na sua rede híbrida de Pontos Pack e Lockers, bem como na otimização dos seus processos, com enfoque na sustentabilidade e flexibilidade das entregas.

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Continente e Pingo Doce lideram ranking das marcas mais relevantes para os consumidores

Entre as 20 marcas mais referidas no Estudo ao Consumidor 2025, nove são portuguesas, com destaque para Continente, Pingo Doce, Delta Cafés, Mimosa, Galp, MEO, NOS, EDP e Worten. O pódio é liderado por Continente, seguido de Pingo Doce e Adidas, sinalizando uma crescente valorização de marcas nacionais por parte dos consumidores. Pedro Diogo Vaz, country manager da Superbrands Portugal, destaca o reforço da presença de marcas nacionais no ranking geral, com especial evidência para o retalho.

A Superbrands Portugal divulgou esta terça-feira, 7 de maio, os resultados do Estudo ao Consumidor 2025, colocando duas insígnias nacionais de retalho alimentar — Continente e Pingo Doce — no topo da lista das marcas com maior referenciação espontânea pelos consumidores portugueses. Os dados foram apresentados na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Entre as 20 marcas mais referidas no estudo, nove são portuguesas, com destaque para Continente, Pingo Doce, Delta Cafés, Mimosa, Galp, MEO, NOS, EDP e Worten. O pódio geral é liderado por Continente, seguido de Pingo Doce e Adidas, sinalizando uma crescente valorização de marcas nacionais por parte dos consumidores.

O estudo revela ainda que o setor do Retalho reforçou significativamente a sua presença no TOP 20 entre 2020 e 2025, aumentando de 22,1% para 30,2%. Esta evolução reflete-se também na entrada de novas marcas como Mercadona e na consolidação de insígnias como Lidl.

Para Pedro Diogo Vaz, um dos destaques da edição deste ano prende-se com o reforço da presença de marcas nacionais no ranking geral, com especial evidência para o retalho. “Há uma diversidade muito grande no mercado, mas essa abundância acaba por valorizar ainda mais as marcas que fazem parte do nosso quotidiano. Marcas como o Continente e o Pingo Doce estão presentes de forma contínua na vida das pessoas e, por isso, são mencionadas instintivamente pelos consumidores”, explicou em declarações ao Hipersuper.

O responsável sublinha ainda que o contexto económico e social atual pode influenciar este comportamento: “Vivemos num período de incerteza, e isso leva os consumidores a procurar segurança e familiaridade. As marcas portuguesas acabam por despertar uma ligação emocional mais forte, seja pelo enraizamento cultural, seja por uma perceção de maior proximidade e confiança”.

Pedro Diogo Vaz destaca também a importância da análise promovida pela Superbrands enquanto ferramenta útil para os profissionais de marketing e gestão de marcas. “Este é um estudo independente, que pretende refletir de forma genuína a perceção do consumidor. Não há interferência comercial nas escolhas, o que confere credibilidade aos resultados e torna-os relevantes para a estratégia das marcas, sobretudo no que toca à avaliação do seu posicionamento face à concorrência”, conclui.

O Continente assume um papel transversal no estudo, surgindo como a marca mais mencionada nas cinco dimensões avaliadas — Notoriedade, Marcas Únicas, Confiança, Identificação e Satisfação das Necessidades — e liderando o ranking em todas as gerações analisadas, da Silent Generation à Geração Z.

Já o Pingo Doce e a Delta Cafés destacam-se por integrarem o TOP 3 em duas dimensões, enquanto marcas como Adidas, Nike, Lidl e Nestlé também mantêm uma presença constante nos rankings multidimensionais.

A análise por geração demonstra que o retalho mantém uma relevância transversal, sendo o setor com maior peso em todas as faixas etárias. Por outro lado, os Baby Boomers e a Geração X apresentam maior afinidade com marcas de Alimentação, Telecomunicações, Bebidas e Energia, enquanto a Geração Z se destaca nas áreas de Desporto e Tecnologia.

Existem cinco áreas de atividade que monopolizam 81% do TOP 20 do ranking geral, sendo estas o Retalho, Alimentação, Desporto, Tecnologia e Telecomunicações. Numa comparação entre 2020 e 2025, observa-se que o Retalho aumentou o seu peso de 22,1% para 30,2% no TOP 20, tendo também a Energia e a Moda registado um ligeiro aumento.

O estudo, conduzido pela consultora independente AMINT, decorreu entre 7 de janeiro e 12 de fevereiro de 2025, através de 1.000 entrevistas online a uma amostra representativa da população portuguesa em termos etários (com idade igual ou superior a 16 anos), género e distribuição geográfica. A margem de erro é de 3,2%.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Logística

DHL Supply Chain adquire IDS Fulfillment e reforça oferta para PME no setor de e-commerce

A aquisição da empresa norte-americana especializada em logística de distribuição de retalho e fulfillment de e-commerce representa a segunda aquisição estratégica da DHL no setor de e-commerce na América do Norte em 2025, depois da compra do negócio de logística inversa da Inmar em janeiro.

Hipersuper

A DHL Supply Chain anunciou a aquisição da IDS Fulfillment num movimento que reforça a presença da multinacional no setor e amplia significativamente a sua capacidade de resposta às necessidades das pequenas e médias empresas (PME).

A operação, concluída em maio, representa a segunda aquisição estratégica da DHL no setor de e-commerce na América do Norte em 2025, depois da compra do negócio de logística inversa da Inmar em janeiro. Com esta aquisição, a DHL integra mais de 120 mil metros quadrados de espaço de armazém e distribuição multicliente, distribuídos por localizações estratégicas nos EUA, incluindo Indianápolis, Salt Lake City, Atlanta e Plainfield.

“O e-commerce tem sido um motor de crescimento para a DHL nos últimos anos e é um foco importante na nossa agenda da Estratégia 2030. A aquisição da IDS Fulfillment não só expande a nossa presença operacional, como também garante que as pequenas e médias empresas tenham acesso às nossas soluções logísticas de última geração, concebidas para as suas necessidades específicas”, disse Patrick Kelleher, CEO da DHL Supply Chain North America.

Mark DeFabis, CEO da IDS Fulfillment, afirma: “Acreditamos que o compromisso da DHL com a inovação e a excelência do serviço faz da empresa o parceiro ideal para melhorar as nossas operações e fornecer as capacidades líderes da indústria aos nossos clientes e membros da nossa equipa.”

A IDS Fulfillment continuará a operar sob a liderança atual, assegurando uma transição sem perturbações para os clientes e colaboradores. Para além da infraestrutura física, a operação traz à DHL uma carteira diversificada de clientes e um know-how adicional em fulfillment, reforçando a oferta de soluções escaláveis e integradas.

Com o setor global de e-commerce a crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 8% até 2029, a DHL aposta numa estratégia de expansão seletiva, que fortalece a sua rede e capacidade tecnológica, ao mesmo tempo que democratiza o acesso a serviços de logística de ponta.

“Com o crescimento global do setor e-commerce a um CAGR de 8% ao ano até 2029, a DHL tem como objetivo investimentos que expandam ainda mais as nossas capacidades para assegurar as necessidades deste segmento em crescimento e tornar a nossa rede e soluções facilmente acessíveis a empresas de todas as dimensões. O IDS Fulfillment complementa a nossa atual Rede DHL Fulfillment, aumentando a nossa capacidade de oferecer soluções globais de e-commerce sem descontinuidades, com conhecimentos e alcance locais. Especialmente oportuno, uma vez que mais organizações multinacionais estão a procurar estabelecer capacidades de fulfillment na América do Norte”, sublinha
Oscar de Bok, CEO Global da DHL Supply Chain.

“Estas aquisições demonstram o nosso compromisso com o crescimento contínuo no sector do e-commerce e reforçam a posição de liderança da DHL como o fornecedor de logística de eleição para clientes de todas as dimensões”, reforçou Patrick Kelleher.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Pingo Doce regressa à Festa do Livro de Loures

O Pingo Doce volta a marcar presença, pelo terceiro ano consecutivo, na Festa do Livro de Loures, que se realiza de 8 a 11 de maio, no Infantado.

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No ano em que assinala 20 anos de compromisso com a promoção da Literatura Infantil, o espaço do Pingo Doce contará com mais de 220 títulos infantis disponíveis, incluindo os últimos lançamentos da coleção “Histórias de Encantar”, agora com 80 livros – “Cavalo e Burro”, “Cão e Sombra”, “Ladrão Cama” e “Zé-Moscas” -, além de outras novidades como as obras “Im-perfeito”, “Às vezes sinto-me pequena” e “Reis e Rainhas de Portugal II”.

Com uma programação diária dedicada às crianças dos 2 aos 10 anos, O Pingo Doce destaca-se várias sessões de leitura com atividades de desenho e pintura, dinâmicas de contos com fantoches e, ainda, uma sessão de leitura e autógrafos com a Catarina Fonseca, autora do livro “Eu e o segredo do Faraó”, vencedora da 11ª edição do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce.

Agenda completa:

Dia 08 de maio

10h30 – Leitura com fantoche de A Branca de Neve (2-8 anos)
17h00 – Leitura de Lily May e os sapatos de salto carmim (4-8 anos)

Dia 09 de maio

12h00 – (para público escolar) Leitura de Chega de Lutas! – comunicação não violenta para crianças (4-8 anos)
17h00 – Leitura com fantoche de O Pinóquio (2-8 anos)

Dia 10 de maio

10h30 – Leitura com fantoche do livro A Cigarra e a Formiga (2-8 anos)
15h30 – Sessão de leitura e autógrafos com Catarina Fonseca, autora do livro Eu e o segredo do Faraó (5-10 anos), o 12º livro do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce

Dia 11 de maio

10h30 – Leitura de As 4 Estações, livro exclusivo Pingo Doce, com atividade de desenho e pintura (2-8 anos)
15h30 – Leitura com fantoche de A Carochinha (2-8 anos)

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Bebidas

ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova

O ÉvoraWine regressa à Praça do Giraldo nos dias 23 e 24 de maio para celebrar uma década de existência com uma edição que promete superar recordes de adesão e reforçar a notoriedade dos vinhos da região.

Hipersuper

Com entrada livre e copo oficial de prova disponível por 15 euros, a organização estima receber cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dois dias, atraídos pela possibilidade de provar cerca de 300 referências vínicas oriundas de mais de 50 produtores alentejanos.

O evento arranca na sexta-feira, às 18h00, com a habitual sessão de abertura e a entrega dos prémios “Por todo o Alentejo”, que distinguem figuras de destaque nas áreas do vinho, gastronomia e cultura. O ambiente será marcado por uma combinação de provas vínicas, gastronomia regional e música ao vivo, com atuações que vão desde os cantares tradicionais dos Almocreves até à energia do Grupo Mala Conexion, passando pelo fado e ritmos sevilhanos.

A principal novidade desta edição comemorativa é a festa de encerramento “ÉvoraWine Party”, agendada para sábado, dia 24, a partir das 22h30, na Horta das Laranjeiras. O evento, animado pelo grupo “Os Vizinhos” e pelo DJ Pedro d’Orey, prolonga-se até às 02h00. A entrada tem o custo de 5 euros para os participantes do ÉvoraWine e de 10 euros para o público geral.

Durante o certame, os visitantes poderão ainda degustar pratos típicos alentejanos, preparados por restaurantes parceiros, numa aposta da organização na promoção da harmonização entre gastronomia e vinho da região.

A 10.ª edição do ÉvoraWine conta com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), da Câmara Municipal de Évora, da Confraria dos Enófilos do Alentejo e da Confraria da Gastronomia do Alentejo.

Programa

Sexta-feira // 23 de maio  
18h00 – Sessão de Abertura com Grupo de Cante Tradicional Alentejano “Os Almocreves”
19h00 – Grupo Caranguejos da Cevada
20h00 – Fado com Inês Villa-Lobos
21h00 – Teresa Franco, Bruno Cramez e Nuno Páscoa
22h00 – Encerramento das provas de vinho

Sábado // 24 de maio  
18h00 – Abertura ÉvoraWine
18h30 – Grupo Sevilhanas
19h00 – Carla Saramago, Rui Gonçalves, Bruno Cramez e José Silva
20h30 – Grupo Mala Conexion
22h00 – Encerramento das provas de vinho
22h30 – ÉvoraWine Party na Horta das Laranjeiras com “Os Vizinhos” e Dj Pedro d’Orey
2h00 – Encerramento da ÉvoraWine Party

Sobre o autorHipersuper

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Alimentar

Love Butternut apoia e-book sobre abóbora da Associação Portuguesa de Nutrição

A publicação será lançada oficialmente no XXIV Congresso de Nutrição e Alimentação, a decorrer nos dias 8 e 9 de maio, no Fórum Braga.

Hipersuper

O novo e-book da Associação Portuguesa de Nutrição (APN)  “Abóbora: da casca às sementes – uma abordagem sustentável” conta com o apoio da Love Butternut, associação de produtores de abóbora portugueses e espanhóis. 

Segundo a Love Butternut, a publicação digital pretende inspirar uma nova forma de olhar para este alimento: completo, versátil, com um enorme valor nutricional, sustentável e com um impacto positivo ao nível da saúde. Com base científica e uma linguagem acessível, a publicação é dirigida não só a profissionais da área da nutrição, mas também a todos os consumidores que procuram fazer escolhas alimentares mais conscientes e sustentáveis no seu dia a dia.

Entre os temas abordados encontram-se a composição nutricional da polpa, casca e sementes, os benefícios para a saúde, a sazonalidade e produção, as variedades disponíveis, bem como orientações práticas sobre como comprar, conservar e utilizar a abóbora na sua totalidade, sem desperdício. O E-book dedica ainda espaço às aplicações industriais de subprodutos, dando destaque ao potencial de reaproveitamento na cadeia alimentar, informa.

“Acreditamos que o futuro da alimentação passa por valorizar mais e desperdiçar menos. E, este E-book, é um convite à descoberta de tudo o que a abóbora tem para oferecer, desde a casca às sementes, e uma forma de promover o seu aproveitamento integral, tanto em casa como na indústria”, revela Cari Plaza, responsável de marketing e comunicação da Sakata Seed Ibérica.

“Os e-books representam pequenos compêndios técnico-científicos sobre um tema e procuram representar um material de fácil acesso e onde seja possível encontrar o essencial sobre o assunto em questão. Este é um dos exemplos que permite que a Associação Portuguesa de Nutrição se posicione como uma entidade referência na construção de materiais de qualidade e com um acesso democratizado e orientado para o nosso site institucional”, refere Célia Craveiro, Presidente da Direção da APN.

Além do apoio ao lançamento no Congresso de Nutrição e Alimentação, que este ano conta com o mote “O Tempo da Nutrição”, a Love Butternut terá um stand neste evento (E1.8) e, durante os dois dias, estará a partilhar o E-book em versão digital e a promover este alimento, que é cultivado em todo o mundo.

Sobre o autorHipersuper

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Continente
Retalho

Continente promove “O Melhor de Portugal” em feira dedicada à produção nacional

A feira reúne frutas e legumes, queijos, vinhos, enchidos e outros produtos típicos, representando o melhor da diversidade gastronómica nacional, com destaque para a seleção especial dos melhores frescos nacionais e de produtos inovadores desenvolvidos pelo Clube de Produtores Continente, como é caso do famoso Arroz Carolino Caravela.

Hipersuper

Até 18 de maio, todas as lojas Continente e a plataforma Continente online recebem a primeira edição da feira “O Melhor de Portugal”, uma iniciativa que celebra a qualidade e o sabor dos produtos portugueses, valorizando o trabalho dos produtores locais e das marcas nacionais.

A nova feira, que conta com uma forte campanha multimeios sob o mote “Quem é que passa sem o melhor de Portugal?”, destaca uma seleção especial de produtos frescos nacionais e referências inovadoras, com origem no Clube de Produtores Continente. Entre os destaques está o Arroz Carolino Caravela, uma variedade 100% portuguesa resultante de quase duas décadas de investigação em parceria com a Lusosem, a Novarroz e o INIAV/COTArroz.

Esta iniciativa insere-se na estratégia do Continente de reforçar a aposta na produção nacional, garantindo qualidade, sustentabilidade e inovação em diversas categorias. A feira reúne frutas e legumes, queijos, vinhos, enchidos e outros produtos típicos, representando o melhor da diversidade gastronómica nacional.

A campanha publicitária, com criatividade da Fuel, está presente em televisão, rádio, digital, outdoor, lojas e folheto. A narrativa destaca o apreço dos portugueses pelos sabores autênticos do país, mesmo quando estão longe, demonstrando o orgulho e amor pelos sabores e tradições da sua terra.

Sobre o autorHipersuper

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