Especialista em comércio defende mais aposta no turismo e cultura para fixar lojas
O investigador e especialista em comércio tradicional, João Barreta, afirmou hoje [Terça-feira] que a recuperação das lojas nos centros históricos dependem da sua conjugação com a promoção cultural e turística nos centros urbanos.
Na véspera do Dia Nacional dos Centros Históricos, João Barreta dá o exemplo de Guimarães, que “juntou cultura, turismo e comércio: as três vertentes trouxeram uma maior inovação e empreendedorismo ao centro e é uma oferta que não se encontra nos centros comerciais da periferia”.
No entanto, há centros históricos, como a Baixa lisboeta, onde estes três factores parecem ainda não ter atraído a preferência dos consumidores.
Para o especialista, um dos motivos prende-se com a descaracterização do comércio da zona.
“Não há uma preocupação com o que ocupa o espaço. Venha quem vier o que interessa é que a loja esteja ocupada. Isto depois faz com que a oferta não cative ninguém”, disse João Barreta.
Para inverter esta situação, o especialista aponta o “individualismo” de alguns comerciantes, que “pensam na sua própria loja e não no conjunto”.