Destaque FMCG Homepage Marcas Newsletter

Portugal vende mais para fora

Por a 9 de Março de 2012 as 15:24

O ano de 2011 caracterizou-se por uma evolução das Exportações de Bens e Serviços em volume, registando um crescimento de 7,4%, valor que fica, contudo, abaixo do observado no ano anterior (8,8%), indicam as informações mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A desaceleração das Exportações totais foi determinada pela componente de Bens, que passaram de uma variação de 9,7% em 2010 para 7,6%, enquanto a componente de Serviços acelerou, aumentando 6,8% em 2011, mais 0,5 pontos percentuais (p.p.) que no ano anterior. Já as Importações de Bens e Serviços reduziram 5,5% em volume, o que compara com um aumento de 5,4% em 2010. A redução das Importações totais deveu-se apenas ao comportamento das Importações de Bens que diminuíram 6,9% (variação positiva de 5,7% em 2010), em oposição às Importações de Serviços que registaram um aumento de 3,1% (3,6% no ano anterior).

Em termos nominais, assistiu-se a uma melhoria significativa do Saldo Externo de Bens e Serviços, que passou de -7,2% do PIB em 2010 para -3,9% em 2011.

Este resultado esteve associado a um efeito volume dos fluxos do comércio externo, uma vez que se verificou uma deterioração nos termos de troca, com o deflator das Importações de Bens e Serviços a aumentar 8% (4,8% em 2010) e o das Exportações totais a crescer 5,5% (4,2% em 2010).

Reflectindo essencialmente a evolução do saldo Externo de Bens e Serviços, a Necessidade Líquida de Financiamento da economia diminuiu para 5,1% do PIB em 2011, menos 3,2 p.p. que o verificado no ano anterior. A evolução do saldo das transferências de capital também contribuiu ligeiramente para a redução da necessidade de financiamento, enquanto o saldo das transferências correntes, em percentagem do PIB, estabilizou e o dos rendimentos primários apresentou uma ligeira diminuição.

Já no quarto e último trimestre de 2011, as Exportações de Bens e Serviços voltaram a desacelerar no 4.º trimestre de 2011, mas mantiveram ainda assim um crescimento elevado, enquanto as Importações de Bens e Serviços diminuíram significativamente, indicam os dados do INE.

Assim, as Exportações de Bens e Serviços em volume registaram um crescimento homólogo de 5,8%, o que compara com a taxa de 6,7% observada no 3.º trimestre. Esta evolução resultou do abrandamento das exportações de serviços, cuja variação homóloga foi 3,3% (7% no 3.º trimestre). Por seu lado, o crescimento das exportações de bens em volume situou-se em 6,7% no 4.º trimestre de 2011 (6,6% no trimestre anterior).

Em relação às Importações de Bens e Serviços no 4.º trimestre de 2011, verificou-se uma taxa de variação de -13,5% em termos homólogos reais, traduzindo-se numa redução significativamente mais acentuada que a observada no 3.º trimestre (-2,7%). As importações de bens, que diminuíram 15,7% (-3,7% no 3.º trimestre), contribuíram em grande medida para esse resultado. As importações de serviços mantiveram uma variação positiva, ainda que marginal (3% e 0,2% no 3.º e no 4.º trimestre, respectivamente).

No 4.º trimestre de 2011, o deflator das Importações de Bens e Serviços desacelerou para 6,5% (7,5% no 3.º trimestre), reflectindo o abrandamento verificado nos preços implícitos das importações de bens, enquanto o deflator das importações de serviços acelerou.

O INE refere ainda que “a evolução do deflator das importações de bens continuou a ser influenciada pelo significativo contributo positivo dos preços dos bens energéticos”.

O deflator das Exportações de Bens e Serviços também apresentou um abrandamento, “mas mais acentuado”, refere o INE, passando de uma variação de 5,5% no 3.º trimestre para 3,8%, “mantendo-se assim abaixo do crescimento do deflator das Importações”, salienta o INE. “Desse modo, no 4.º trimestre, acentuou-se a perda nos termos de troca”, conclui.

 

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *