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AIP leva produtos e tecnologias nacionais a Moçambique

Por a 8 de Março de 2012 as 11:35

A AIP (Associação Industrial Portuguesa) Feiras, Congressos e Eventos, no âmbito do seu Projecto de Internacionalização, vai organizar o Forum Agro Alimentaria Selection Moçambique 2012 a decorrer nos dias 24 e 25 de Abril de 2012, em Maputo.

Moçambique aparece como uma dos mercados estratégicos de elevado potencial de investimento e desenvolvimento de parcerias locais para as empresas portuguesas, da Europa em geral e de outros países que consideram Portugal um grande facilitador destas relações empresariais com Moçambique, nomeadamente os EUA, Canadá, Brasil, etc..

Moçambique manteve ritmos de crescimento do produto acima dos 6% durante os últimos 10 anos, alicerçados num conjunto de políticas adequadas e de cariz contra-cíclico, constituindo, além disso, também uma porta de entrada privilegiada para o mercado da Southern African Development Community (SADC), um mercado potencial de 250 milhões de consumidores.

Para os organizadores desta iniciativa, “a tranquilidade política, a posição estratégica de Moçambique e as condições favoráveis para investimento, sobretudo em sectores importantes como a agricultura, a agro-indústria, as tecnologias e serviços para a agricultura e indústria e a distribuição alimentar, considerando a importância e necessidade do seu desenvolvimento”, contribuíram significativamente para a organização do evento que conta com o apoio e envolvimento dos governos de Portugal e Moçambique ao mais alto nível, Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), FIPA, INOVISA e AICEP.

Num estudo recente da CESO CI, é destacado o perfil de crescimento da economia moçambicana, bem como o papel relevante que o país tem vindo a assumir enquanto cliente de Portugal tendo ocupado, em 2010, a 28.ª posição no ranking (com uma quota de 0,41% das exportações portuguesas), quando em anos recentes (2006 a 2008) se situava no 35.º lugar.

No contexto dos países africanos de língua oficial portuguesa, Moçambique surge, em 2010, como 3.º cliente, a seguir a Angola e a Cabo Verde e como 2.º fornecedor, depois de Angola.

O estudo da CESO CI contempla uma novidade face a um anterior documento publicado pela AIP em 2006 (manual do empreendedor), tendo identificado mais de duas dezenas de produtos que se enquadram nestes critérios e que, portanto, configuram oportunidades por explorar por parte de empresas portuguesas, salvaguardados aspectos de competitividade e qualidade, não perdendo de vista a fortíssima concorrência regional em vários segmentos de mercado.

Destaque para os produtos alimentares em que existem oportunidades ainda por explorar nos segmentos dos cereais (arroz, trigo e milho); leite e lacticínios (leite e nata concentrados), peixes (congelados); indústria de moagem (malte, mesmo torrado); gorduras e óleos animais e vegetais (óleo de palma e suas fracções); carne e miudezas (comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas das aves da posição 0105).

“Estamos perante segmentos com tradição na indústria portuguesa e competitivos nos mercados internacionais pelo que o investimento na exploração destas oportunidades se afigura justificado”, salienta o estudo da CESO CI.

Com os cinco os produtos de consumo básico em Moçambique que estruturam a dieta dos moçambicanos a incluírem a mandioca (de produção nacional), o milho (de produção nacional), o arroz (produção nacional e importado) e o trigo (importado), o estudo salienta que a rede comercial moçambicana para os produtos agrícolas é constituída maioritariamente por lojas rurais, comerciantes licenciados e não licenciados (barracas, tendas e vendedores ambulantes), armazenistas, importadores e exportadores.

No campo, a comercialização agrícola é principalmente assegurada pelos vendedores ambulantes. Nos produtos em que existe o sistema de concessionários ou de exclusividade zonal, estes utilizam a sua rede.

As inscrições para este Forum Agro Alimentaria Selection Moçambique 2012 terminam no dia 20 de Março de 2012, encontrando-se já disponível o programa provisório do evento.

De referir que este é a primeira iniciativa da AIP para o mercado africano em 2012, estando já prevista igual evento para o mercado de Cabo Verde em meados de Novembro.

 

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