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Portugueses acreditam na saída da crise, mas com cautelas

Por a 17 de Fevereiro de 2012 as 12:40

De acordo com a sondagem Consumer Climate Europe da GfK, os consumidores portugueses acreditam que o País vai sair da crise, a médio prazo, apesar de terem das mais baixas expectativas económicas a nível europeu.

A sondagem da empresa de estudo de mercado inquiriu cidadãos de doze países (Alemanha, Áustria, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Roménia), aparecendo no topo da lista dos países com melhores expectativas económicas a Alemanha e a Espanha.

O estudo oferece uma panorâmica geral da evolução das expectativas económicas, expectativas de rendimentos e da disposição de comprar entre os consumidores, sendo que os países incluídos nesta sondagem representam cerca de 80% da população total dos 27 países membros da União Europeia (UE).

Segundos os dados obtidos, até Dezembro de 2011 as expectativas económicas baixaram acentuadamente na maioria dos países da União Europeia. Os melhores valores indicadores encontram-se actualmente na Alemanha (-0,9 pontos) e em Espanha (-3,6 pontos), seguindo-se, em terceiro lugar e com um valor consideravelmente mais baixo, a Bulgária (-25,5 pontos). No fim da lista estão Portugal (-54,7 pontos), Grécia (-58,6 pontos) e República Checa (-63 pontos).

Em Portugal, o desempenho económico desceu significativamente durante o último ano, tendo sido, no terceiro trimestre de 2011, de -0,9 por cento, em comparação com o ano anterior, avançando o estudo da GfK que durante o quarto trimestre a descida terá sido ainda mais marcada.

Ainda que tenham continuado baixas, as expectativas económicas dos portugueses recuperaram ligeiramente no último trimestre de 2011, subindo de -60,9 pontos, em Outubro, para -54,7 pontos, em Dezembro.

Em Espanha, e com a flutuação registada no desenvolvimento económico no último ano, as expectativas económicas registaram o seu nível mais baixo em Setembro, com -14,4 pontos, e subiram desde então para -3,6 pontos, revelando um ligeiro optimismo dos espanhóis e colocando o país em segundo lugar na escala de valores de todos os países da sondagem.

Quanto às expectativas de rendimentos nos doze países, o desemprego e o aumento dos impostos fizeram cair este indicador um pouco por toda a Europa. Os países mais pessimistas são a Grécia (-65 pontos), Itália e (-60,7 pontos) e França (-60,4 pontos).

A Alemanha demarcou-se completamente da situação de outros países europeus no que toca a expectativas de rendimentos, registando um valor de 34 pontos. Apoiados no crescimento económico extremamente gratificante, os alemães acreditam que os salários continuarão a subir significativamente em 2012.

Neste capítulo, Espanha apresenta, novamente, o segundo valor mais alto do indicador (atrás da Áustria), com a população do país vizinho a temer a manutenção do aumento do desemprego em 2012, esperando-se que possa chegar aos 25%.

No que diz respeito à disposição de compra, o ranking é liderado pela Áustria (35,6 pontos), seguida da Alemanha (27,4 pontos), aparecendo Portugal (-44,1 pontos) entre os países com as bolsas mais apertadas atrás da França (-29,8 pontos), mas à frente do Reino Unido (-54,8 pontos).

 

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