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Mais de metade das exportações agro-alimentares ficam na Europa

Por a 7 de Fevereiro de 2012 as 10:05

Mais de 50% das exportações da fileira agro-alimentar têm como destino a Europa. “É preciso olhar para os mercados emergentes”, aconselha João Miranda, Presidente Conselho Administração da PortugalFoods

 

Quais os mercados prioritários para a indústria nacional agro-alimentar, tendo em conta que a “Europa está sem capacidade para crescer”, como disse recentemente?

Os destinos das exportações de bens agro-alimentares estão demasiadamente concentrados nos países da União Europeia, designadamente Espanha, França e Reino Unido, com mais de 50%. No actual contexto económico de estagnação que o bloco europeu atravessa, e em particular estes países, acrescendo das medidas que estão também a implementar em simultâneo no sentido de fomentar as exportações e reduzir as importações, será prudente olharmos para novas zonas geográficas, nomeadamente para os mercados emergentes, onde possamos crescer.

Quais os produtos com maior potencial de exportação?

Portugal tem em todos os sectores que compõe a fileira empresas com provas dadas em termos de internacionalização, o que significa que temos uma oferta que é valorizada nos mercados externos. É este potencial que queremos potenciar e aproveitar, definindo um modelo de suporte capaz de estimular e encorajar as empresas, para que se possam estruturar de forma a abordar correctamente novos mercados. Certamente que as eficiências colectivas, desde que devidamente assentes numa estratégia global, permitirão alavancar os processos de internacionalização dos diversos actores da fileira, com especial benefício para as PME.

Qual o volume de negócios da fileira?

A fileira agro-alimentar, com um Valor Acrescentado Bruto estimado em cerca 5,6 mil milhões de euros, representa 3,4% do PIB e emprega directamente cerca de 661 mil pessoas.

Quanto representam as exportações?

A fileira representa cerca de 12% das exportações do total do comércio internacional português de bens. Por outro lado, as indústrias alimentares e de bebidas geram um volume de negócios anual superior a 15,5 mil milhões de euros, representando um peso de 20% do total de volume de negócios gerados pelas indústrias transformadoras.

A fileira é, por isso, incontestavelmente um dos pilares da economia nacional, por ser o sector de bens transaccionáveis que mais contribui para o VAB nacional, mas também por ser o segmento de indústrias transformadores que mais volume de negócios gera. E ainda pelo que gera por via das exportações.

 

 

 

 

 

 

 

 

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