FMCG Homepage Newsletter Vinhos

Consumo de vinho em crescimento, excepto na Europa

Por a 16 de Janeiro de 2012 as 12:32

O consumo global de vinho irá registar uma evolução positiva nos próximos quatro anos, indica um recente estudo da Vinexpo. As boas notícias não englobam, no entanto, os mercados maduros como, por exemplo, a Europa, deixando a fatia do crescimento para os EUA e Ásia.

A forte procura por vinhos em mercados como os EUA e a China irá forçar mais companhias produtoras de vinho a focar mais recursos na Ásia, bem como na América do Norte, revelou Robert Beynat, CEO da Vinexpo, numa recente conferência de imprensa dada em Londres por altura da apresentação internacional da Vinexpo Ásia-Pacífico que se realizará em Hong Kong no próximo mês de Maio.

Neste encontro, o responsável pela maior feira de vinho do mundo, revelou que, em 2011, os EUA ultrapassaram oficialmente a França e Itália, tornando-se no maior consumidor de vinho do mundo, em volume.

Entre 2011 e final de 2015, os dados antevêem que EUA e Ásia serão responsáveis por um crescimento de 6% no consumo de vinho a nível global, que deverá atingir 2,8 mil milhões de caixas de nove litros. Já o consumo, demonstram os dados do IWSR citados por Beynat, aumentou 4,5% entre 2005 e 2010.

As vendas de vinho, em volume, deverão crescer 10% nos EUA até 2015. A China, entretanto, já ultrapassou o Reino Unido no ano passado, tornando-se no quinto maior mercado de vinho, em volume, incluindo Hong Kong nesta estatística.

Com o consumo per capita na China ainda muito reduzido em comparação com os mercados desenvolvidos, estimando-se que, em média, cada chinês beba um litro de vinho por ano, os analistas estimam que o país asiático poderá ultrapassar os EUA e tornar-se no maior consumidor de vinho, em volume, nas próximas duas décadas. “Todos estão a olhar para a China, China, China”, referiu Beynat, citado pelo just-drinks.com.

Em 2011, indicam os dados, o consumo de vinho na China atingiu as 156,2 milhões de caixas de nove litros, enquanto nos EUA totalizou 311,3 milhões de caixas de nove litros.

História diferente passa-se na Europa, onde o consumo deverá continuar a cair nos principais países consumidores como França e Itália, admitindo os responsáveis da Vinexpo que a actual conjuntura económico-financeira vivida no Velho Continente em nada contribui para a evolução do mercado do vinho.

No Reino Unido, por exemplo, o consumo de vinho deverá decrescer cerca de dois litros por pessoa até 2015, verificando-se que este valor será menor do que registado em 2005, correspondendo a uma quebra de 4% do mercado, em volume, entre 2011 e 2015.

Beynat considera, contudo, o Reino Unido um mercado muito importante, até porque “24 litros per capita são dados bons, comparado com os EUA onde o consumo ronda os 14 litros [per capita]”, justificou o responsável.

Em termos de valor, Beynat destacou que o Reino Unido permanecerá o maior importador de vinhos, mesmo depois de 2015. Contudo, existe uma real preocupação a longo prazo no que concerne a redução de margens e lucros em toda a cadeia.

 

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *