MdD continua crescimento em Espanha
De acordo com as mais recentes projecções de consumo para 2012 da Kantar Worldpanel, as Marcas da Distribuição, assim como os canais de distribuição baseados no preço – grandes beneficiários da procura por poupança dos consumidores – continuarão a crescer em 2012 em Espanha.
No primeiro caso, a marca própria deverá evoluir cerca de mais um ponto percentual na quota de mercado, podendo atingir os 33,3% do gasto em produtos de grande cinsumo. Já o canal “preço”, deverá receber 32,2% dos gastos em Fast Moving Consumer Goods (FMCG) dos consumidores espanhóis, convertendo-se, segundo a consultora, pela primeira vez, no principal canal de compras no país, ultrapassando o canal “escilizado – tradicional”.
Outra das conclusões do estudo é que a procura por bens de consumo irá estagnar nos próximos 12 meses. Assim, sectores como o têxtil ou drogaria deverão registar quebras no crescimento na ordem dos 2% e 3,6%, respectivamente, face aos números alcançados até Novembro de 2011, enquanto produtos alimentares, perfumaria e de compra por impulso deverão manter-se estáveis. Em todos estes mercados são esperados variações entre -0,6 e +0,6%, em volume.
A análise projecta ainda que os reformados, único grupo que não tinha reduzido o seu orçamento em FMCG desde o início da crise, vai cortar os seus gastos em cerca de 1%. O grupo que mais irá limitar o seu orçamento serão os solteiros (-3,3%), enquanto os casais com filhos mais velhos vai aumentar a sua despesa média anual (1,8%).
De resto, para a Kantar Worldpanel, em 2011, o consumidor decidiu resignar-se à situação e, apesar da inflação, manteve o seu volume de compras de bens diários, acabando por gastar mais (2,3% per capita) e, consequentemente, o conjunto destes mercados cresceu 2,2% em valor, até Novembro.
O sector mais dinâmico, devido à sua grande volatilidade de preços, tem sido o dos combustíveis, que cresceu 12%, em valor, enquanto outros mercados considerados menores como, por exemplo, produtos para bebés e alimentos para animais têm registado um crescimento notáveis de 5,8% e 6,7%, respectivamente, enquanto a perfumaria cresceu 3,9% e os têxteis.
Com crescimento mais sustentado aparecem o sector de alimentar, com +1,5%, e drogaria com uma evolução positiva de 1%, enquanto o sector de produtos de compra por impulso e gastos com telemóveis deverão registar quebras de 0,6% e 0,4% respectivamente.
Para o conjunto do sector de FMCG, composto pelos mercados alimentares, farmácias, perfumaria, pet food e bebé, o ano de 2011 foi marcado por alguma estabilidade, já que a procura manteve-se praticamente inalterada face a 2010 (0,7% em volume). O preço pago pelas compras aumentou, contudo, em 1%, pelo que o mercado cresceu 1,7%, em valor.