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Segurança continua o principal obstáculo ao crescimento do comércio online europeu

Por a 13 de Dezembro de 2011 as 11:28

Segundo o mais recente estudo realizado pela CBRE – “Europe’s Online Consumer” – os problemas de segurança continuam a ser o maior obstáculo ao crescimento do comércio online na Europa, apesar do aumento da utilização de produtos de tecnologia para o consumidor e dos progressos alcançados na segurança dos métodos de pagamento com cartão de crédito, como o chip e o PIN.

O estudo surge numa altura em que os governos e os grupos industriais da Europa pretendem relançar as economias, encarando a despesa dos consumidores como um ingrediente vital para criar crescimento económico. Assim, embora a revolução digital impulsione as compras online em muitos países da Europa, para milhões de outros consumidores o receio em relação à segurança online constitui a barreira que os impede de aderir totalmente à experiência de comprar online.

Tendo como objectivo compreender as atitudes do comércio online, este estudo compara este tipo de comércio com as lojas físicas, taxa de utilização em diferentes sectores e o impacto das tecnologias móveis e redes sociais num momento em que se verifica um nível sem precedentes de acesso dos consumidores à Internet por toda a Europa.

Dos mais de 10.000 consumidores inquiridos, a maioria indicou a segurança – mais importante do que os custos ou a facilidade de entrega dos artigos ou até a falta de cartão de crédito – como principal motivo pelo qual não fazem compras online.

As conclusões do estudo sugerem que, na Europa, há também uma ligação entre a propensão para comprar online e para utilizar serviços bancários online. “Os países que apresentam uma percentagem mais elevada de pessoas que compram produtos online, são os que têm igualmente os maiores níveis de actividades bancárias via Internet quando comparados com outros, onde a utilização da Internet é mais baixa ou a banca on-line ainda tem pouca presença”, indica o estudo da CBRE.

Tendo em conta que os serviços bancários online envolvem as pessoas na gestão diária de dinheiro online, o estudo da CBRE sugere que “uma maior utilização da banca online pode ajudar as pessoas a ultrapassarem os seus receios quanto às compras online”.

Carlos Récio, director de Agência de Retail da CBRE Portugal, salienta o facto do estudo revelar que “o comércio tradicional e o comércio online não são adversários, mas antes aliados”.

Na opinião do responsável “os clientes procuram preços e disponibilidade online antes de comprarem, o que pode ocorrer através de qualquer dos canais. Os retalhistas usam o comércio online para testar novos mercados e direccionar os potenciais clientes para as suas lojas. Por toda a Europa, os consumidores sentem-se confortáveis com uma combinação do melhor de cada um dos mundos – a velocidade e a conveniência de uma compra online com a mais satisfatória experiência social de uma ida à loja”.

E Récio deixa um recado: “num tempo desafiante em termos económicos, é a proposta multicanal que amplia a escolha do cliente e fornece também a solução mais dinâmica para os retalhistas”.

O estudo concluiu ainda que enquanto as mulheres impulsionaram o comércio nas lojas físicas, os homens compram online com o dobro da frequência das mulheres (uma vez em cada 2,5 semanas versus uma vez por mês). Na Europa Ocidental, por sua vez, a propensão para comprar online correlaciona-se com a riqueza – 61% dos que ganham mais compram online, por comparação a 44% dos que ganham salários mais baixos, enquanto os consumidores da Europa Ocidental são os que compram mais online e os russos são os que compram menos.

Finalmente, a velocidade de ligação e a experiência em si de comprar através de um site já não são barreiras à compra online, considerando o estudo ainda o pouco impacto que as redes sociais têm hoje no processo de decisão quando se compra online, enquanto as compras por telemóvel ainda não arrancaram.

 

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