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Sumol+Compal cai dentro, mas cresce fora

Por a 2 de Dezembro de 2011 as 9:38

O volume de negócios da Sumol+Compal atingiu, nos primeiro três meses de 2011, os 253,5 milhões de euros, correspondendo a uma descida de 5,8% relativamente ao período homólogo de 2010, revelando a companhia, em comunicado, que o lucro líquido registou um ligeiro abrandamento, entre Janeiro e Setembro de 2011, fixando-se nos 5,9 milhões de euros contra os 6,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano anterior.

Em termos de mercados, a companhia liderada por Duarte Pinto revela que obteve vendas de 53 milhões de euros nos mercados internacionais durante os primeiros nove meses de 2011, representando um crescimento de 21% relativamente ao período homólogo do ano anterior.

Já no mercado português, a Sumol+Compal registou-se um decréscimo das vendas para os 189 milhões de euros, ou seja menos 9,4% que em 2010, reflectindo, segundo a companhia, “um abrandamento do consumo privado, em consequência do período recessivo da economia portuguesa”.

“Os mercados internacionais voltaram a ter um comportamento excelente no terceiro trimestre, permitindo que o crescimento das vendas no exterior continue a apresentar crescimento acima dos 20%, compensando em parte a redução das vendas internamente. As exportações são um pilar estratégico da empresa, tendo um peso cada vez mais importante no desempenho geral da empresa “, diz Duarte Pinto, presidente executivo da Sumol+Compal, no comunicado.

Em termos de resultados operacionais (EBIT), este regrediram 9,1% para 23,3 milhões de euros, enquanto o cash flow operacional (EBITDA) atingiu 35,8 milhões de euros, um decréscimo de 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para o futuro, ou seja, para o resto de 2011 e o difícil ano de 2012 que se avizinha, a Sumol+Compal refere que irá procurar “identificar parcerias estratégicas que contribuam para a consolidação do negócio em Portugal e para o crescimento nos mercados internacionais”, continuando a “apostar na inovação, pilar fundamental para a criação consistente de valor”.

Para 2012, concretamente dito, a companhia já tem em curso a implementação do “primeiro plano estratégico de médio prazo (2010-2012), o qual norteia os objectivos de desenvolvimento de negócio, com vista à melhoria da rendibilidade das operações e a uma criação de valor que remunere de forma adequada os accionistas e cumpra as expectativas dos restantes stakeholders. Não obstante, com as alterações de contexto que se têm vindo a assistir em Portugal e no mundo, existe uma elevada probabilidade de se efectuar uma reformulação relevante desse mesmo plano”.

Admitindo que os mercados de bebidas de alta rotação em que a companhia opera deverão, neste exercício, em Portugal, apresentar “evoluções menos favoráveis do que as evidenciadas em períodos recentes, muito influenciadas por um ambiente económico geral negativo”, a Sumol+Compal perspectiva “uma continuada pressão sobre a evolução dos preços de venda”.

Além disso, a companhia destaca a “particular preocupação” relativamente à alteração do enquadramento fiscal aplicado ao sector das bebidas, em sede de IVA, admitindo que “haverá certamente um impacto negativo na competitividade da indústria de bebidas em Portugal”.

No entanto, a Sumol+Compal salienta que procurará “contrariar este enquadramento desfavorável em Portugal”, mantendo um “ritmo apreciável” de lançamento de inovações nas diferentes marcas. Já nos mercados internacionais, a Sumol+Compal deverá manter um “elevado ritmo de crescimento, beneficiando de enquadramentos positivos e do reforço da aposta estratégica nestes mercados”.

 

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