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Riberalves: depois do bacalhau, o vinho

Por a 23 de Novembro de 2011 as 22:39

O grupo Riberalves, empresa que se dedica à indústria e comércio de bacalhau, inaugurou hoje (Quarta-feira) uma nova área de negócio, reforçando, assim, a sua carteira de negócios — na qual se destaca a marca de bacalhau Riberalves, a Novo Dia Cafés e a Riberalves Imobiliária — em duas áreas consideradas pelos responsáveis do grupo como “estratégicas para o futuro do País: agricultura e o turismo”.

Num investimento de cinco milhões de euros, o grupo Riberalves deu a conhecer o seu projecto vínico, com forte componente no enoturismo, com a inauguração da Adega Mãe, localizada em Ventosa, Torres Vedras.

Implantada em 4.500 metros quadrados dos cerca de 40 hectares de vinha da Quinta da Archeira, a Adega Mãe tem uma capacidade de produção de 1,2 milhões de litros por ano.

Inserida na região vitivinícola de Lisboa, foram já produzidos 400 mil litros de vinhos, resultantes da vindima de 2011, e que se encontram agora em estágio.

Preparada para produzir uma completa gama de vinhos, o primeiro vinho da Adega Mãe é o DORY Colheita Tinto 2010, já disponível no canal Horeca e com lançamento no mercado previsto para o início de 2012 na distribuição moderna. O nome escolhido dos vinhos “DORY”, que funcionará como marca umbrella dos vinhos da Adega Mãe, tem origem na pesca antiga do bacalhau, que era feita nos mares gelados do Atlântico por frotas portuguesas, em pequenas embarcações – os dóris –, fazendo assim um paralelismo com o core business do grupo Riberalves: o comércio de bacalhau.

Depois do DORY Tinto 2010, irá surgir em Janeiro de 2012 o primeiro vinho branco DORY Branco 2011. No terceiro trimestre do próximo ano, será então lançado o DORY Tinto Reserva 2010.

Os vinhos da Adega Mãe estarão no mercado nos diversos canais de distribuição nacionais (on e off trade), sendo que o grupo Riberalves irá também fazer uma forte aposta na exportação, sobretudo em países como Angola, Brasil e Moçambique, bem como EUA, Inglaterra, Escandinávia e China.

Na apresentação do projecto, João Alves, presidente do grupo, destacou a índole empreendedora da Riberalves ao longo dos mais de 25 anos de história, com investimentos em várias áreas de negócio. “O grupo sabe que os tempos que o País atravessa não são fáceis, mas acredita na sua capacidade de criar projectos inovadores e diferenciadores com sucesso. Cremos que a Adega Mãe será, com certeza, uma mais-valia para a região em que se enquadra o projecto e também para o País”, sublinhou João Alves durante a inauguração da adega.

O responsável aproveitou ainda a presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, para salientar que “o País precisa que se acredite nele, no seu futuro, não podemos parar. Pensamos que com projectos como este que agora lançamos podemos transmitir uma boa imagem de Portugal, tanto a nível interno como para o exterior”.

A ministra ouviu e aproveitou para destacar “a importância do sector vitivinícola nacional na economia”, considerando-o “uma fonte de riqueza”.

Fazendo referência à catalogação de que os néctares nacionais são alvo – “o novo vinho da Europa” – a ministra sublinhou o peso que a fileira possui na economia e n sector agro-alimentar português, fazendo referência aos 16% que representa na produção agrícola e nos 25% a produção vegetal.

Gerando mais de mil milhões de euros, a ministra referiu que a importância do sector foi “reconhecida na recente questão do IVA, não tendo sido alvo de qualquer alteração, num sinal claro que o Governo quis dar à produção”.

De resto, Assunção Cristas admitiu que a agricultura “não está abandonada, está diferente”, destacando ainda que “nós vemos a produção acontecer todos os dias, concluindo que “o sector do vinhos faz parte da estratégia de crescimento do e para o Pais”.

 

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