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Portugueses dizem que austeridade é necessária

Por a 18 de Novembro de 2011 as 9:18

Os portugueses consideram que as medidas previstas no Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2012) agravam a sua situação financeira, mas reconhecem a razoabilidade das mesmas face à actual situação do País.

Esta é uma das conclusões do estudo de mercado da Deloitte “Orçamento do Estado 2012 — A importância de saber”, a que a Lusa teve acesso, e sublinhada por Miguel Leónidas Rocha, que destaca a “clarividência dos inquiridos”.

“Nota-se que há alguma compreensão por estas medidas e creio que as pessoas estão sensíveis, conscientes do problema e da situação económica do país, bem como da necessidade de se adoptar medidas e estão até disponíveis para ajudar, através dos sacrifícios pessoais, na resolução do problema”, disse à Lusa o ‘partner’ da Divisão de Consultoria Fiscal da Deloitte em Portugal.

O mesmo estudo adianta ainda que o corte dos subsídios de férias e de Natal poderá representar uma redução até 30% no rendimento anual dos funcionários públicos em 2012, numa altura em que os trabalhadores do privado consideram ter estas prestações “em risco”.

Cerca de 46% dos funcionários do sector público calcula que a redução dos dois subsídios, correspondentes aos 13.º e 14.º mês, terá um impacto de 15% no respectivo rendimento anual em 2012.

Já os agregados com rendimento anual superior a 60 mil euros (60%) estimam que a redução dos subsídios de férias e de Natal corresponde a uma diminuição de 30% no rendimento auferido no próximo ano, refere o estudo da consultora.

Certo parece ser que será a classe média a mais afectada pelas medidas do Orçamento do Estado para o próximo ano, seguindo-se os funcionários públicos e os reformados.

“Quando os funcionários públicos e pensionistas vão ficar sem subsídio de férias e de Natal, não podemos fugir da ideia que estes são quem está a fazer o maior sacrifício”, salientou à Lusa Miguel Leónidas Rocha.

Mais de metade dos inquiridos (52%) considera que o seu rendimento disponível será afectado “em larga escala” e que os grupos afectados serão a classe média e os funcionários públicos.

 

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