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Superação da crise pode estar no aproveitamento dos mercados emergentes

Por a 11 de Novembro de 2011 as 10:05

As Pequenas e Médias Empresas (PME) europeias deviam aproveitar melhor os benefícios dos mercados emergentes em rápido crescimento, como é o caso da China, Índia, Rússia ou das regiões da Ásia do Sudeste ou da América Latina.

Esta é a opinião da Comissão Europeia que no documento “Pequenas empresas, grande mundo – uma nova parceria para ajudar as PME a aproveitar as oportunidades globais” considera que esta é a principal questão para superar a crise.

Segundo a CE, só 13 % das PME da UE desenvolvem actividades internacionais, no sector do comércio, investimento ou através de outras formas de cooperação com parceiros estrangeiros. Por conseguinte, a Comissão está a trabalhar no sentido de estabelecer uma estratégia da UE mais coerente e eficaz para apoiar as PME nos mercados internacionais. Tal poderia ser alcançado pelo reforço dos serviços às empresas, pela melhoria da coordenação e utilização dos recursos existentes, incluindo a “Enterprise Europe Network”. As PME passarão a ter, assim, um melhor acesso a informação mais pertinente bem como assistência nas suas tentativas para penetrar em novos mercados e na procura dos parceiros locais adequados.

Para Antonio Tajani, vice-presidente da Comissão Europeia e Comissário responsável pela Indústria e pelo Empreendedorismo, “os principais mercados externos à UE que apresentam fortes taxas de crescimento representam oportunidades importantes para as pequenas empresas europeias. As PME são a principal força económica da Europa. É absolutamente essencial ajudá-las a explorar melhor o seu potencial à escala global para impulsionar a competitividade e criar emprego”.

Na nota de imprensa emitida pela CE lê-se que “as PME enfrentam obstáculos específicos no mercado mundial, sobretudo quando se trata de ter acesso à informação sobre os mercados, à identificação de possíveis clientes e à procura de parceiros adequados. Colocam se lhes ainda questões mais complexas, como a conformidade com a legislação estrangeira, por exemplo, no que toca a regras obrigatórias em vários sectores como o direito dos contratos, as normas aduaneiras, a regulamentação técnica e as normas, a gestão da transferência de tecnologias e a protecção dos direitos de propriedade intelectual ou industrial”:

Bruxelas considera ainda que, regra geral, as PME estão “menos bem equipadas do que as empresas de maior dimensão, em termos de competências internas e de recursos financeiros ou humanos, para enfrentar tais desafios”.

Os 23 milhões de PME existentes na Europa representam dois terços do emprego no sector privado e cerca de 80 % dos novos postos de trabalho criados nos últimos cinco anos.

Esta nova estratégia da UE preconiza as seguintes acções:
• Reforçar a oferta existente de serviços às empresas em mercados prioritários;
• Melhorar a estrutura de governança da “Enterprise Europe Network” para granjear uma melhor colaboração com as organizações de acolhimento e as partes interessadas;
• Fomentar a coerência dos regimes de apoio da UE, para aumentar o seu impacto; Existem actualmente mais de 300 programas nacionais de apoio que, muitas vezes, se centram exclusivamente numa região em crescimento e descuram as que entretanto foram emergindo;
• Promover os clusters empresariais e as redes vocacionados para a internacionalização das PME;
• Orquestrar a colaboração de toda a Europa nos mercados prioritários, para potenciar o retorno dos fundos públicos investidos;
• Criar um único portal de acesso à informação para as PME que pretendam exercer a sua actividade para além das fronteiras da UE;
• Maximizar as políticas europeias existentes, com o objectivo de acelerar o crescimento internacional das PME da UE.

 

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