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Mais de metade dos consumidores mundiais crêem estar em recessão

Por a 4 de Novembro de 2011 as 13:48

A confiança do consumidor decresceu um ponto a nível mundial, de acordo com os resultados do terceiro trimestre apurados pela consultora Nielsen.

“O 3º trimestre foi instável e desafiador para as economias mundiais e mercados financeiros, entre a estagnação dos números sobre o desemprego nos EUA e o agravamento da crise da dívida da zona euro,” afirmou Venkatesh Bala, Chief Economist, The Cambridge Group, pertencente à Nielsen.

“Um espírito de recessão está a crescer por entre os consumidores na medida em que mais de metade diz que está presentemente em recessão – mais quatro pontos percentuais desde o último trimestre e sete pontos desde o início do ano. O resultado traduz-se numa contínua contenção para gastos discricionários, que se espera prolongar-se pelo próximo ano”.

O Inquérito Online sobre a Confiança do Consumidor realizado a nível mundial pela Nielsen, criado em 2005, estuda a confiança do consumidor, maiores preocupações e intenções de gasto por entre mais de 28.000 consumidores de Internet em 56 países. Os níveis de confiança do consumidor acima e abaixo de uma linha base de 100 indicam graus de optimismo e pessimismo.

Na última vaga do inquérito, realizado entre 30 de Agosto e 16 de Setembro de 2011, a maioria dos respondentes (64%) concorda que agora não é boa altura para comprar as coisas que querem e de que necessitam, com um em cada cinco europeus e um cada três norte-americanos a dizer que não têm dinheiro de sobra.

O panorama para os consumidores nestas regiões é mais pessimista agora do que era na altura da recessão de 2009. Entre os respondentes norte-americanos e europeus que crêem estar em recessão, quase 60% acreditam que ela vai prolongar-se no próximo ano, mais do que os 54% do 1º trimestre de 2009.

Intenções de Gastos
Pela primeira vez, a Nielsen pediu aos inquiridos que indicassem como é que eles geririam o orçamento mensal e onde é que aumentariam ou diminuiriam os gastos se o orçamento aumentasse ou diminuísse 10%.

“Os resultados foram muito reveladores”, disse Venkatesh Bala.

“Esmagadoramente, mostraram que existe uma sensação de cansaço e um desejo contido por uma pausa; quando as famílias tinham um aumento de 10% no orçamento, mostravam o desejo de utilizar o dinheiro em categorias mais privilegiadas como ‘viajar/férias’ (+29%) e ‘divertimento e entretenimento’ (+20%). Também existe uma sensação de incerteza económica e uma necessidade de segurança, pelo que os consumidores também aplicariam nas suas ‘poupanças/investimentos’ (+25%)”.

No outro lado, quando os orçamentos são reduzidos 10%, os consumidores dizem que vão gastar menos na área do “vestuário” (-21%) e em jantar fora (-18%). Os consumidores indicaram também uma redução nos gastos com ‘electrónica e electrodomésticos’ (-14%). “Se o clima económico mundial piorar, estes três sectores parece serem particularmente vulneráveis,” continuou o Venkatesh Bala.

No caso de disporem de um orçamento menor, os respondentes também indicaram uma redução de 10% nas poupanças/investimentos. A assimetria com a expansão sugere que embora os respondentes gostassem de reduzir ou pôr nas poupanças e investimentos, também reconhecem que podem estar a lidar com graves realidades económicas”.

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