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Consumidores querem consumir menos e poupar mais

Por a 31 de Outubro de 2011 as 13:20

No próximo dia 31 de Outubro, comemora-se o Dia Mundial da Poupança e os dados mais recentes do Observador Cetelem mostram que as intenções de poupança dos portugueses estão a aumentar e as de consumo a diminuir.

 

Apesar de estarmos a entrar num período do ano (Natal) onde o consumo aumenta significativamente, apenas 12% dos consumidores portugueses pretende aumentar as despesas nos próximos meses e 37% dos consumidores revela que pretende aumentar as poupanças.

Se compararmos os valores agora apresentados com os registados numa análise do Observador Cetelem de Junho do presente ano, percebemos que a orientação para a poupança subiu de 32% para 37% e a de consumo baixou de 18% para 12%.

“A situação económico-social no nosso País continua marcada por um plano de austeridade muito severo, onde as incertezas sobre a retoma da economia aumentam a cada dia. Ainda que nos estejamos a aproximar de uma época de consumo por excelência, o poder de compra em Portugal está cada vez mais limitado e o comportamento/intenções dos consumidores é um sintoma disso mesmo: os portugueses estão mais orientados para a poupança e não pretendem aumentar as suas despesas”, afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal.

 

Lisboa é excepção

Uma análise mais detalhada do Observador Cetelem mostra que as famílias estão mais orientadas para a poupança, à excepção da região de Lisboa, onde o número de famílias a quererem consumir supera o número das que tencionam poupar mais.

Em contrapartida, é na região Sul que os consumidores pretendem poupar mais e gastar menos – 68% dos inquiridos revelou que pretende aumentar as poupanças e 97% que não irá aumentar as despesas.

Encontramos um cenário idêntico a norte e no centro (norte: aumento da poupança – 43% e aumento da despesa – 6%; centro: aumento da poupança – 33% e aumento da despesa – 6%). Por fim, a região do Porto apresenta as percentagens mais baixas, apenas 15% dos inquiridos pretendem poupar mais e 4% consumir mais.

São os indivíduos na faixa etária dos 35 aos 44 anos que revelam maiores intenções de consumo e poupança (41% e 15, respectivamente). As classes sociais mais altas (AB/C1) são as que pretendem poupar mais, 39% comparativamente com os 29% das classes C2/D. Já as intenções de consumo não diferem muito entre ambas – 12% nas classes mais baixas e 11% nas mais altas.

Se, por outro lado, compararmos estes resultados com o inquérito realizado em 2010, verificamos ainda que apesar de se mostrarem preocupadas em aumentar as poupanças, são menores as famílias a acreditar que irão consegui-lo, já que, face a 2010 são menos 10 pontos percentuais de intenções de poupança.

Esta análise foi realizada em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um inquérito quantitativo, a 500 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre o período de 3 a 4 de Outubro de 2011. O erro máximo é de +4,4 para um intervalo de confiança de 95%.

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