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Depois do Brasil … África

Por a 27 de Setembro de 2011 as 14:43

Depois do Brasil ter sido apresentado com o país das oportunidades para o retalho mundial na actualidade, com Caito Maia, fundador da Chilli Beans, marca de óculos de sol, a referir que “não se deve ter medo do risco”, e Daniela Bretthauer, head of research da consultora Raymond James no Brasil, admitir que “ainda existem oportunidades atraentes para o retalho no Brasil”, indicando a existência de “um boom no crédito ao consumo”, foi a vez do continente africano aparecer na ribalta como um dos pontos de interesse para os retalhistas globais.

No World Retail Congress 2011, evento que se realiza em Berlim, África parece atrair cada vez o interesse dos retalhistas internacionais e países como Marrocos e Quénia foram identificados como uma espécie de “heróis escondidos” dos mercados emergentes.

A chegada da Wal-Mart – maior retalhista mundial – ao continente, após a aquisição do grupo sul-africano Massmart, fez com que outros retalhistas avaliassem o potencial do mercado africano, aparecendo vários países como alternativa aos mais óbvios BRIC, especialmente, Índia e China.

Os estados africanos aparecem referenciado cinco vezes em cada dez países destacados como “Heróis escondidos: a próxima geração dos mercados de retalho”, um relatório publicado pela Deloitte e Retail Planet.

Ira Kalish, global research director da Deloitte, referiu que o crescimento significativo, o facto de existirem “muitas bocas para alimentar” e uma classe média emergente estão entre os factores que tornam África de crescente importância para o retalho mundial, apesar da instabilidade política, pobreza e conflitos que ainda são motivos de preocupação.

“Um mercado de retalho fragmentado e menos desenvolvidas cria oportunidades”, salientou Kalish, concluindo ainda que “há questões e problemas a abordar cuidadosamente, mas certamente que vale a pena analisar o mercado africano”.

Já John Fraser, director de Divisão da Woolworths Internacional que opera na África do Sul e outros países africanos, referiu que o maior desafio é encontrar a propriedade mais apropriada, admitindo que em países como a Nigéria, por exemplo, “os custos da propriedade são elevados e as infra-estrutura rudimentares”.

Fraser salientou ainda que “é do interesse dos retalhistas fornecerem crédito aos consumidores com crédito de modo a gerar poder de compra”. “África é quase a fronteira final no retalho. A entrada da Wal-Mart funcionou como um reconhecimento que África é um investimento bom para o retalho”, concluindo que o facto de o maior retalhista ter adquirido propriedades em 13 ou 14 países “é realmente um cheque em branco”.

 

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