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Londres, Paris e Moscovo têm ruas de comércio de luxo mais caras da Europa

Por a 5 de Setembro de 2011 as 12:10

O mercado global de bens de luxo recuperou da crise financeira mais rapidamente do que o previsto, de acordo com um estudo desenvolvido pela Jones Lang LaSalle sobre os principais destinos de compras de luxo na Europa, denominado “Glitter and Glamour Shining Brightly – The 100 most renowned luxury brands and their presence in Europe’s metropolitan centres”.


A New Bond Street, em Londres, é a rua de comércio mais cara da Europa, com as rendas mais elevadas a atingirem os €7.900 /m2, seguindo-se a Avenida Montaigne, em Paris, onde as rendas alcançam os €7.500/m2, e a Stoleshnikov Lane, em Moscovo, na qual o valor mais elevado é de €7.015/m2.

“O segmento de luxo é o mais internacional do mercado de retalho, com as marcas a adoptarem estratégias verdadeiramente globais”, afirma Robert Bonwell, CEO da região EMEA Retail da Jones Lang LaSalle.

“Grande parte destas marcas tem planos de expansão para a Ásia e para os mercados emergentes, dando resposta a uma nova classe de consumidores com elevado poder de compra e com apetite por bens de luxo. Não obstante, o interesse internacional pelas mais tradicionais ruas comerciais de luxo de Londres e Paris levou as marcas a retomarem os seus investimentos nos mercados maduros da Europa Ocidental, através da remodelação e da expansão das lojas já implantadas”.

“Apesar do crescimento do comércio online, a oferta nas mais prestigiadas ruas comerciais da Europa continua a ser um factor crítico de sucesso para o segmento de luxo”, ressalva, por sua vez, James Dolphin, Head da região EMEA retail Agency da Jones Lang LaSalle.

“Depois de dois anos de consumo mais cauteloso, os retalhistas das marcas de luxo estão a responder ao regresso da confiança do consumidor, com planos de expansão saudáveis. A crescente procura para espaços prime nas melhores localizações está a pressionar positivamente as rendas. Outros retalhistas estão também a beneficiar da proximidade a estas marcas de luxo, motivando uma procura adicional para espaços de venda, já de si escassos, o que coloca ainda mais pressão sobre as rendas”.

 

Luxo cresce a duplo dígito

Os principais grupos internacionais detentores de marcas de luxo reportaram recentemente um crescimento de dois dígitos nas vendas, e, em alguns casos, atingiram mesmo vendas anuais recorde.

“As redes de lojas próprias desempenharam um papel significativo para este sucesso, com o negócio a ser também fortemente impulsionado pela performance, a nível geográfico, da Ásia, particularmente pelo mercado chinês”.

O segmento de retalho de luxo também recuperou na Europa: em 2010 um terço do total das receitas para algumas marcas foi gerado a partir do crescimento das vendas registado em Itália, França, Reino Unido, Alemanha e Rússia.

A maior densidade de insígnias de luxo internacionais pode ser encontrada em Paris. As principais 100 marcas de luxo operam em mais de 150 lojas, comprovando que a capital francesa continua a ser o centro incontestado de compras de moda e luxo na Europa.

Apenas Londres tem uma densidade semelhante, com 125 lojas de luxo das 100 principais marcas internacionais. Milão tem cerca de 90 lojas destas marcas, seguindo-se Moscovo e Roma, como 66 e 59 lojas, respectivamente.

 

 

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