“Subcontratação logística aumenta a competitividade”
A subcontratação logística oferece vantagens a todas as empresas independentemente da dimensão, garante a APOL, pela voz de Carla Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Operadores Logísticos. Não há um modelo único que possa ser aplicado mas “a curto ou a médio prazo, a subcontratação é distintiva de empresas eficientes e sustentáveis”.
H: A APOL promove a subcontratação logística. Quais as vantagens?
A subcontratação logística permite ter soluções escalonáveis e adaptadas a cada momento. E, por outro lado, aumentar a competitividade da cadeia logística devido ao princípio da partilha de recursos, à concentração de investimento formativo, conhecimento e partilha.
É, hoje, claro que são os operadores logísticos as entidades que mais facilmente poderão alimentar um conhecimento e profissionalismo crescente nos valores humanos e recursos adaptados ao desenvolvimento variável das economias e dos negócios em termos de logística e cadeia de abastecimento.
H: A subcontratação logística é benéfica para todas as empresas, independentemente da dimensão e volume de negócios?
Claro que haverá algumas empresas que obtêm mais benefícios que outras, mas de um modo geral devido aos ganhos de escala de um operador logístico, é sempre vantajoso subcontratar a logística. O que ocorre é que operações de maior dimensão exigem soluções distintas, adaptadas a essa realidade.
Não há nem deve haver um modelo único passível de ser aplicado a todas as escalas ou tipologias mas em todas as situações, a curto ou a médio prazo, a subcontratação é claramente distintiva de empresas eficientes e sustentáveis no tempo.
H: Que desafios enfrenta o mercado logístico em Portugal a curto, médio de longo prazo?
Os desafios que resultam de um País deprimido, que oscila entre o pessimismo histórico e a confiança pontual. O mercado logístico retribui valor em função das oportunidades que conquista e que são proporcionadas pelo desenvolvimento económico.
Os próximos tempos são de alinhamento de estratégias, certamente de empresas que desaparecerão do mercado logístico e não logístico. Como sempre, nestas fases serão os mais aptos e sustentadamente mais capazes e eficientes que seguirão em frente ajudando o País a sair desta realidade difícil.