Espanha perde 200 milhões por semana e pondera pedido de indemnização à Alemanha

O governo espanhol não descarta pedir indemnizações à Alemanha para compensar os prejuízos dos produtores de pepinos do país caso se confirme que a origem do surto infeccioso causado por uma variante agressiva da bactéria intestinal E.coli que já matou 16 pessoas e terá infectado mais de 1.400 na Alemanha, não está no legume proveniente de Espanha.

Fontes do Ministério da Saúde, Política Social e Igualdade asseguraram à agência Efe que, depois da senadora da Saúde de Hamburgo, Cornelia Prüfer-Storks, ter afirmado que os pepinos espanhóis não foram a fonte da infecção, indo assim contra as primeiras declarações vinculadas.

O governo espanhol não recebeu ainda nenhuma comunicação oficial, mas confia que a receberá através da Rede de alerta Rápida da Comissão Europeia, assinalaram as mesmas fontes.

Não obstante, as autoridades espanholas mostraram-se satisfeitas com as ultimas declarações da titular da pasta da saúde de Hamburgo nas quais assegura, segundo avança o diário “Hamburger Abendblatt”, que as análises laboratoriais evidenciaram que a variante da bactéria descoberta nos pepinos espanhóis não coincide com a encontrada nos pacientes infectados.

Para o Ministério da Saúde, este facto corresponde a “uma marcha atrás” por parte das autoridades alemãs, atribuindo esta situação aos esforços diplomáticos efectuados pelo executivo de Zapatero que, desde o primeiro dia, exigiu à Alemanha que “em nenhum caso vinculasse a crise sanitária que o país atravessava aos produtos espanhóis”.

Segundo a Federação Espanhola de Produtores (FEPEX), a “crise do pepino” está a causar prejuízos na casa dos 200 milhões de euros por semana à economia espanhola.