Bebidas

Entrevista a Jorge Silva, Marketing Manager Bebidas Nestlé Portugal

Apenas quatro anos após o aparecimento no mercado nacional, Nescafé Dolce Gusto oferece as marcas locais Buondi e Sical em sistema fechado. Tudo para crescer 30% em 2011.

Victor Jorge
Bebidas

Entrevista a Jorge Silva, Marketing Manager Bebidas Nestlé Portugal

Apenas quatro anos após o aparecimento no mercado nacional, Nescafé Dolce Gusto oferece as marcas locais Buondi e Sical em sistema fechado. Tudo para crescer 30% em 2011.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”
Alimentar
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow
Alimentar
Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras
Alimentar
Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus
Retalho
Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento
ESG
CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA
Exportação
Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão
Bebidas
ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo
Alimentar
Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa
Alimentar
Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra
Bebidas
PUB

“Este é o negócio do futuro e onde todos querem estar”

Num mercado que tem registado um crescimento ímpar, Nescafé Dolce Gusto conquistou a liderança em apenas quatro anos no segmento multi-bebidas. Para se tornar ainda mais apelativa para os consumidores portugueses, nada melhor que oferecer marcas portuguesas: Buondi e Sical. O objectivo do responsável por este negócio na Nestlé, Jorge Silva, é simples: “estar em todos os lares que bebam um café”.

PUB

Hipersuper (H): Nescafé Dolce Gusto anunciou recentemente que vai apresentar algumas novidades no mercado. Que novidades são essas?
Jorge Silva (J.S.): Antes de dizer quais são as novidades convém dizer que, desde o seu lançamento e até hoje, as novidades de Nescafé Dolce Gusto têm sido uma constante. Ou seja, todo este sucesso que tem sido Nescafé Dolce Gusto, tem assente na aposta clara na inovação quer ao nível das máquinas, quer nas cápsulas. Outro grande factor de sucesso é a excelente parceria com a Krups onde não podíamos ter melhor parceiro: é o casamento perfeito. Eles são especialistas em máquinas, nós em café e bebidas. Em relação às novidades, de referir quais foram apresentadas até agora, para depois enquadrar melhor o que temos para oferecer ao mercado. Nescafé Dolce Gusto surgiu em Setembro de 2007. Quando aparecemos no mercado foi com a Melody1 que, entretanto, já sofreu uma evolução para a Melody2. Em 2009, lançámos a Circolo e, em 2010, apareceram a Piccolo e a Fontana. Já em Março de 2011, lançámos a Creativa que tem um design parecido com a Melody, mas é a primeira máquina automática Dolce Gusto. Nas cápsulas, temos tido muitos lançamentos. É importante ter em conta que o nosso posicionamento é de multi-bebidas, mas obviamente num País como Portugal é fundamental termos um bom café. Naturalmente que todas as outras bebidas são importantes, de forma a apresentarmos variedade ao mercado, mas, em Portugal, é fundamental a questão do café. Ora, a Dolce Gusto aparece com o Expresso Intenso, depois aparece o Ristretto, em que Portugal foi o lead-market para o desenvolvimento deste blend. A partir do ano passado começámos a entrar com multi-marca, não nos limitando ao multi-bebidas. Assim, aparece o chá frio, Nestea, Nesquik e agora estamos a introduzir no mercado aquela que são as marcas de café de todos os portugueses: Buondi e Sical. São duas marcas locais muito fortes da Nestlé, marcas próximas de todos os portugueses. Estes dois lançamentos vão ser importantíssimos para nós, porque não só vamos manter os nossos consumidores actuais bastante satisfeitos, como vamos tornar-nos mais apelativos para novos consumidores, porque vão encontrar neste sistema as suas marcas de café preferidas.

H: A associação à marca é muito importante?
J.S.: É fundamental. Tendo em conta que são duas marcas de café que são muito próximas dos portugueses. Nos estudos que fizemos, a aceitação por parte dos consumidores demonstrou que valia mesmo a pena lançarmos estas duas marcas em Dolce Gusto.

H: Mas a diferença é só uma questão de marcas?
J.S.: O próprio blend é diferente. O blend de Buondi e Sical é o blend ao gosto dos portugueses. O que está dentro da cápsula é igual ao blend que o consumidor bebe fora de casa.

H: Não temem uma transferência do consumo?
J.S.: Obviamente. Vai canibalizar e muitíssimo o nosso Expresso Intenso e em parte o Ristretto. Mas sabemos que vamos deixar os nossos consumidores mais satisfeitos. Mas também sabemos que nos vamos tornar mais apelativos para mais consumidores.

H: Vale a pena, então, correr o risco?
J.S.: É um risco calculado e penso que, sinceramente, não podemos chamar risco. É uma mais-valia e valor que estamos a oferecer aos nossos consumidores, os actuais e os novos consumidores que iremos conquistar.

O gosto nacional pelo café
H: Para o sucesso deste lançamento, claramente, contribui o gosto dos portugueses pelo café?

J.S.: Claramente. Portugal é um País de café torrado, é algo que está culturalmente enraizado nos portugueses. A bica é algo cultural. O café solúvel, por exemplo, não tem grande aceitação. Não somos um País de café solúvel. O que acontece é que no café torrado, o sistema tradicional está a sofrer bastante. Não só a transferência de fora para dentro de casa, como depois, dentro da própria casa, também existe transferência. Se pensarmos que, em 2006, o total de chávenas de café bebidas era 70% fora do lar e, em 2010, não vai além dos 60%, num total de 5,4 mil milhões de chávenas, é um valor alto. Esta é uma tendência que veio para ficar. Os players que não estão neste mercado querem estar e este é o presente e o futuro. Este é o segmento mais dinâmico da categoria. Antes dos lançamentos destes sistemas estávamos perante uma categoria relativamente estável, mas com o aparecimento das cápsulas tudo mudou.

H: Beneficiaram do facto de estarem associados à Nespresso?
J.S.: Sem dúvida nenhuma. Nespresso abriu o mercado. Mas não podemos confundir as duas coisas. No caso de Nescafé Dolce Gusto estamos perante um conceito multi-bebidas, enquanto Nespreso é café.

H: Mas a que se deve este sucesso dos sistemas fechados?
J.S.: A data que tornou isto possível foi o dia em que entrámos para o euro. E porquê? Porque se antes uma bica custava 50 escudos, passou a custar 50 cêntimos fora do lar. Se isso não tivesse acontecido, muito dificilmente estes sistemas tinham entrado com tanto sucesso. Nós oferecemos a bica com a mesma qualidade, mas a metade do preço. Esta foi a origem do sucesso. Nespresso quando apareceu apostou fortemente em comunicação e abriu, claramente, o mercado, mas no retalho não havia nada. Nós fomos os primeiros no retalho.

H: Estando presentes no retalho, que importância tem a promoção no ponto de venda?
J.S.: É absolutamente critica para demonstrar e explicar os conceitos que estão na base do nosso produto: qualidade, inovação practicidade e design. É preciso por as pessoas a provar o nosso produto. Não vamos lá só com publicidade, porque essa só cria notoriedade. O que queremos é que as pessoas não só se lembrem, como nos prefiram. Grande parte do nosso budget vai para isso mesmo, acções de degustação.

H: Voltando atrás, referiu que não se registou somente uma transferência de consumo de fora para dentro do lar, como dentro do próprio lar?
J.S.: Sim, absolutamente. Dentro da categoria café existem vários segmentos, verificando-se que o café torrado sofre tanto fora como dentro de casa. As pessoas trocaram as suas máquinas de cachimbo por sistemas fechados. Actualmente, mais de 20% do total das chávenas de café tomadas em casa são em sistema fechados. Tendo em conta que este sistema apareceu em 2004, estamos perante um crescimento como nunca assisti. Qualquer um dos sistemas que existam dentro do lar, são mais vantajosos e económicos que fora do lar.

H: A crise veio ajudar este negócio?
J.S.: A crise, claramente, ajudou este segmento. O consumidor tem um investimento inicial numa máquina, que cada vez é menor, e depois bebe um café de grande qualidade por cerca de 30 cêntimos. Nós democratizamos este sistema dentro do lar e o consumidor rapidamente amortiza o investimento feito na máquina. Qualquer sistema existente hoje é barato.

H: Dentro da Dolce Gusto, qual o mais vendido?
J.S.: Hoje em dia, o SKU mais vendido é o Expresso Intenso. Representa quase 50% das nossas vendas. Mas rapidamente vai deixar de o ser. Porquê? Porque Buondi e Sical vai canibalizar, claramente, essas vendas.

Crescer, crescer, crescer
H: Em Março, por altura da apresentação de resultados da Nestlé Portugal, o administrador-delegado da companhia, António Reffóios, admitia que o crescimento da empresa tinha por base a prestação dos sistemas fechados. Que contribuição tiveram efectivamente?

J.S.: Claramente que foi e vai continuar a ser um negócio muito importante para a companhia. Este é o negócio mais dinâmico dentro da companhia, é a principal aposta da Nestlé para os próximos anos e, portanto, vai ser um negócio que, ano após ano, vai ganhar peso dentro da companhia. O que poderá representar no futuro, não sei. Temos as nossas contas, mas essas são confidenciais.

H: Mas quanto é que facturaram em 2010?
J.S.: Facturámos bem. Não é política da empresa divulgar facturações por área de negócio. Posso dizer que crescemos mais de 70% quando comparado com 2009.

H: E estimativas para 2011?
J.S.: Temos uma estimativa bastante optimista de um crescimento acima dos 30%.

H: O que é invulgar nas actuais condições de mercado?
J.S.: Completamente utópico. E estamos a falar de um ponto de partida [2009] interessante. Claramente este é negócio do futuro, onde todos querem estar e, por isso, aparecerem tantos players. E estamos à espera que apareçam mais.

H: A GfK refere que Nescafé Dolce Gusto tem uma quota de 32,5%, no final de 2010?
J.S.: Sim, nós lideramos o mercado. H: Mas se juntarmos a estes dados a Nespresso, a Nestlé é o grande player do mercado? J.S.: Sim, bem acima dos 60% nos sistemas de cápsulas. Segundo dados da Nielsen (Semana 08/2011), no retalho [o que não inclui Nespresso], o mercado de sistemas fechados está crescer 93% em valor e 86% em volume. Naturalmente que não vamos continuar a ter esta grandeza de crescimento, mas considero evoluções a duplo dígito plausíveis para o futuro próximo. Dolce Gusto é claramente líder de mercado com uma quota, em valor, de 55% e em volume 60%.

H: Como explica isto?
J.S.: A Nespresso beneficiou do facto de estar muito tempo só no mercado e por isso, o mercado era Nespresso. Quanto a Dolce Gusto, o nosso sucesso foi baseado na inovação. No último ano fomos a marca mais dinâmica no mercado. Lançamos três modelos de máquina, com um design super-apelativo, com preços bem distintos para podermos captar todas as faixas da população. Hoje digo-lhe: qualquer lar que beba café é um lar potencial para Nescafé Dolce Gusto. Porquê? Porque tem um investimento inicial da máquina que depois será amortizado ao longo do tempo. Uns amortizam mais depressa outros levam mais tempo, depende do consumo.

H: Os lineares de café sofreram uma transformação?
J.S.: Uma transformação completa. Como este é um segmento que cresce muitíssimo e como alguns dos que lá estão decrescem, o espaço de linear no futuro vai ser outro. Talvez tenhamos de ir para outras categorias que não sejam tão dinâmicas. Mais dia, menos dia temos de ir “roubar” espaço a outras categorias.

H: Quais?
J.S.: Não sei. Mas aí terá de ser a distribuição a dar-lhe a resposta porque é ela que conhece as próprias lojas.

Concorrência MDD
H: O aparecimento da concorrência foi benéfico?
J.S.: Claramente. A entrada do Pingo Doce fez com que o mercado crescesse. As máquinas cresceram 39%, em volume, e 5,5%, em valor. É algo que era completamente diferente há dois ou três anos. Nessa altura registava- -se um crescimento maior em valor e menor em volume, já que as máquinas eram de um price-point muito superior. Nos dados Year-to-Date, Janeiro/Fevereiro, as máquinas estão a crescer 61%, em unidade, e 2,1%, em valor. O aparecimento do Pingo Doce e o aparecimento da Picolo mudaram completamente as regras do mercado. O mercado está a crescer fundamentalmente via preço. Cada vez são mais pessoas a ter máquinas em casa, mas de price-point mais baixo. Estes são os grandes ganhadores e fizeram com que o mercado claramente crescesse.

H: Mas o mercado vai continuar a mostrar este dinamismo via preço?
J.S.: Todos já perceberam que o mercado está a ir para um price-point mais baixo e que vai haver reposicionamento de preço.

H: Estamos a falar de que valores?
J.S.: É a incógnita. Abaixo dos 50 euros não acredito. Actualmente, o preço mais barato é a máquina do Pingo Doce a 49,90 euros.

H: Mas não teme que os players da distribuição vejam aqui um negócio interessante e comecem a apostar não só no café, mas também em segmentos de máquina?
J.S.: Com certeza e a experiência do passado diz-nos isso. Mas desde que entrem novos players e o mercado continue com este dinamismo, é sempre positivo.

H: E para quando chá quente em sistema fechado?
J.S.: Não sabemos. Sabemos que é uma das coisas que está na calha, mas no curto-prazo não haverá novidades. A nossa prioridade foi, de facto, para o lançamento das marcas locais. O chá é importante, mas não deverá acontecer este ano.

H: Quantas máquinas têm no mercado?
J.S.: Nescafé Dolce Gusto já está presente em mais de 250 mil lares em Portugal.

H: E em quantos lares poderão estar?
J.S.: O meu objectivo é estar em todos os lares que bebam um café. Há quem diga que somos 3,5 milhões de lares, há quem diga que somos 3,7 milhões de lares. Temos condições para crescer e as nossas projecções apontam para que o crescimento manter-se-á no futuro.

H: Na comunicação que fazem aparecem palavras como inovação, conveniência, practicidade e qualidade. Falta mais alguma?
J.S.: Juntar-lhe-ia design. É importante. E além disso, o preço, embora não seja o foco principal.

H: Existe a possibilidade de Buondi e Sical serem exportados?
J.S.: Buondi é exportável. Sical para já é exclusivamente para o mercado português. Em Outubro de 2010 foi anunciado que Buondi iria ser uma das marcas de referência da Nestlé para o mercado de cafés.

 

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Artigos relacionados
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”
Alimentar
Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow
Alimentar
Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras
Alimentar
Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus
Retalho
Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento
ESG
CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA
Exportação
Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão
Bebidas
ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo
Alimentar
Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa
Alimentar
Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra
Bebidas
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
Alimentar

José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Alimentar

Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

Hipersuper
tagsADIPA

O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

Hipersuper

A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra

‘Para Que Nunca Acabe’ pretende mobilizar comunidades, parceiros e consumidores para cuidar e valorizar a origem da água da Serra da Estrela.

Hipersuper

Proteger a água e regenerar a Serra da Estrela é o objetivo do ‘Para Que Nunca Acabe’, lançado pela Água Serra da Estrela. O programa reflete “o compromisso da marca com a preservação da água da Serra da Estrela e com a regeneração do ecossistema único onde nasce”, assegura a marca.

O Programa pretende promover uma mudança comportamental e um impacte ambiental positivo, através de práticas responsáveis da operação da marca, da regeneração da floresta e de práticas tradicionais que a protegem, e da mobilização de comunidades, parceiros e consumidores.

Reduzir a pegada hídrica e a pegada de carbono da marca, bem como a utilização de matéria-prima virgem, regenerar a floresta, o ecossistema e revitalizar práticas tradicionais que protegem a Serra, mobilizar as comunidades locais e os consumidores para adotarem comportamentos responsáveis são os três eixos de ação do ‘Para Que Nunca Acabe’.

O programa dá sequência a iniciativas ambientais já implementadas pela Água Serra da Estrela, “como o programa de reflorestação iniciado em 2002, através do qual foram plantadas mais de 1,7 milhões de árvores em parceria com várias organizações às quais se juntou mais recentemente a Associação Cuidar”, adianta a empresa. A marca foi pioneira na introdução de medidas que reduziram drasticamente o uso de plástico virgem, atingindo em 2025 o marco de utilização de 100% rPET em todas as suas embalagens.

“A Água Serra da Estrela nasce num lugar extraordinário, que todos temos o dever de proteger. Com o programa ‘Para Que Nunca Acabe’, queremos não só agir de forma responsável, mas envolver nessa ação todos os que estão determinados a que este património natural seja preservado para as gerações futuras”, afirma Ana Rita Martins, Marketing manager da Água Serra da Estrela.

 

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.