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Sonae assina acordo de parceria com Condis para entrada em Angola

Por a 15 de Abril de 2011 as 17:07

A Sonae assinou hoje [Sexta-feira] um acordo de parceria com a empresa angolana Condis (detida por Isabel dos Santos e Sindika Dokolo), para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da actividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente.

O projecto em causa prevê a abertura de uma rede de hipermercados Continente, revelando a companhia liderada por Paulo Azevedo que o objectivo é “alcançar a liderança no mercado de retalho moderno de base alimentar do país”.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae informa que “a operação a desenvolver caracterizar-se-á pela disponibilidade constante de um cabaz de produtos onde pontua a variedade aos melhores preços de mercado. Adicionalmente, a preocupação pelos elevados níveis de qualidade dos produtos estará sempre presente – ponto especialmente relevante no segmento de produtos frescos, onde o projecto também se pretende afirmar pelo forte recurso à produção local e pelas preocupações com as componentes de segurança alimentar”.

O acordo concretizar-se-á pela criação de uma joint-venture cujo capital é detido em 51% pela Condis e em 49% pela Sonae, em que as “decisões relevantes são partilhadas”, cabendo à Sonae a gestão operacional. Desta forma, diz a Sonae, “alia-se o know-how técnico e experiência de retalho que a Sonae possui ao forte conhecimento do mercado angolano aportado pela Condis”.

Quanto ao investimento a realizar, este será conduzido, preferencialmente, numa óptica capital light (não incluirá o investimento na componente imobiliária), existindo já investidores locais com interesse em se associar ao desenvolvimento do projecto.

Esta parceria insere-se no quadro de desenvolvimento estratégico definido para a Sonae, aportando uma “oportunidade de crescimento internacional muito relevante ao mesmo tempo que permite o reforço da diversificação do estilo de investimento”, conclui o comunicado.

De referir que o mercado angolano conta com cerca de 18 milhões de habitantes e com uma taxa de crescimento da sua população estimada em 3% ao ano, perspectivando-se que, em 2020, atinja os 25 milhões de habitantes e com poder de compra crescente.

O retalho moderno organizado em Angola apresenta um nível de desenvolvimento importante, estimando-se que a sua quota no total do mercado alimentar represente ainda menos de 10%.

 

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