Distribuição

Marcas de fabricante perdem facturação há dois anos consecutivos

Por a 15 de Abril de 2011 as 12:31

As marcas próprias estão presentes em todos os lares portugueses. Em 2010, representaram 31,7% dos produtos comprados em Portugal, revelou António Almeida, director-geral da AC Nielsen, por ocasião do seminário “Marcas Próprias – Uma Aposta ganha, organizado pela APED por ocasião da Alimentaria Lisboa 2011.

 

“A quota de mercado das Marcas do Distribuidor (MdD) subiu 2% e foram estas que fizeram o mercado crescer 2% porque as Marcas do fabricante (MdF) estão a perder 1% de facturação há dois anos consecutivos”.

Um total de 76% dos consumidores, segundo um estudo da Nielsen, afirma que comprou mais marcas próprias durante a actual recessão. “Esta tendência de crescimento é maior nos países como mais dificuldades económicas, como Grécia, Irlanda e Espanha”.

Apesar de os portugueses admitirem que a crise os levou a comprar mais marcas brancas, a esmagadora maioria (95%) afirma que vai continuar a comprar estas marcas quando a economia melhorar.

A performance das MdD está directamente relacionada com o baixo preço mas também com a percepção de qualidade.

“Estas marcas têm boa imagem. 68% dos consumidores concordam com a afirmação “a qualidade das marcas próprias é igual à das marcas líderes” e 81% assume comparar os preços de ambas”.

Por outro lado, mais de metade (59%) discorda que as MdD sejam para pessoas com pouco dinheiro ou que se sintam melhor a comprar marcas de fabricante para a família (55%).

Mais de 60% dos entrevistados afirmam ainda que as marcas próprias são uma “boa alternativa” às marcas e que estas têm regra geral um “muito boa relação qualidade-preço”.

O grau de satisfação é elevado. 87% estão satisfeitos ou muito satisfeitos e apenas 3% reporta ter tido algum problema com as MdD.

Apesar das boas notícias para os distribuidores, António Almeida ressalva que o consumidor quer “uma oferta equilibrada entre MdF e MdD. Os supermercados de marca própria são ainda nichos na Europa. Os fabricantes, como a Procter&Gamble e a Danone, estão a arranjar forma de conseguir competir com as MdD em preço, qualidade e combinações. E isto só faz bem ao mercado. Há espaço para ambas”, conclui.

 

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