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Comércio móvel ganha adeptos no Mundo

Por a 22 de Março de 2011 as 12:33

Quase metade (45%) dos utilizadores de telemóvel estão interessados em pagar bens e serviços através do smartphone, segundo um estudo da Accenture.


Apesar de o “mobile commerce” estar a ganhar adeptos, os entrevistados expressam preocupações com privacidade e roubo de identidade nos pagamentos efectuados através do dispositivo móvel.

Como o objectivo de identificar o potencial do comércio móvel, a Accenture entrevistou 1.100 consumidores de tecnologia em 11 países que utilizam pelo menos quatro equipamentos ligados à Internet e pelo menos quatro serviços de Internet. Os asiáticos são os mais entusiastas do comércio móvel. Um total de 69% dos inquiridos desta região preferem utilizar os smartphones para efectuar a maioria dos pagamentos. O Brasil também tem conquistado adeptos: 70% dos consumidores estão favoráveis à utilização de telefones móveis para a maioria dos pagamentos.

Dependendo da região geográfica em que se encontram, os consumidores começam agora a utilizar os códigos de barras ou tecnologia near field communication (NFC) para efectuar as compras. A maioria (64%) dos consumidores revela que gostaria de utilizar cartões-presente e vales de desconto recebidos directamente nos telemóveis, sendo esta outra forma de utilização de equipamentos móveis como suporte de estratégias de fidelização de clientes por parte de retalhistas.

“Os serviços de comércio móvel – que numa perspectiva abrangente incluem serviços, por exemplo, de mobile banking, pagamentos móveis, promoções, gestão de cartão presente e programas de fidelização, entre outros – estão prontos para impulsionar grandes mudanças na forma como nos fazemos compras e nos relacionamos com retalhistas”, afirma Eduardo Fitas, Vice-Presidente da Accenture Portugal e responsável pela área de Comunicações, Media & High-Tech. “Podemos esperar uma convergência entre as formas de pagamento tradicionais e alternativas e isso tem enormes implicações na experiência de compra em loja. Apesar de este inquérito indicar que ainda existem constrangimentos quanto à privacidade e segurança, revela também boas notícias para os operadores móveis, pois os consumidores têm requisitos que esperam ver satisfeitos num canal móvel e pessoal”.

Promoções no telefone

Ao utilizar telefones móveis para pagamentos, quase três quartos (73%) dos inquiridos a nível global revela preocupação com a sua privacidade. Adicionalmente, 70% afirma que os pagamentos por telemóvel aumentam o risco de fraude e de roubo de identidade. Apesar destas preocupações, 62% dos consumidores que tipicamente usam cartões de crédito para pagamentos não relacionados com telecomunicações afirma que utilizariam o telefone móvel para pagar as contas, mediante algum tipo de promoção ou por incremento na experiência de utilização do serviço.

Mais de metade (59%) afirma que benefícios da utilização desta forma de pagamento poderiam passar por receber promoções com base nas suas anteriores compras e um total de 47% afirma que aceitaria receber anúncios personalizados nos telemóveis. Por outro lado, 69% indicaram que aceitariam de bom grado receber publicidade no seu telemóvel como parte de um contrato com vantagens, por exemplo, nas tarifas telefónicas.

Com percentagens de resposta sempre acima dos 60%, os serviços que os utilizadores actuais de smartphones consideram mais úteis como complemento à experiência de compra em lojas físicas são a utilização do equipamento terminal para ler o código de barras de um produto e obter informação adicional online sobre o mesmo, o registo de cada produto no momento em que se adiciona ao carrinho de compras em vez de o fazer na caixa de saída, a identificação de cartões de fidelização, os identificadores de autorização ao pagamento da conta e localização dos produtos na respectiva loja.

Quando questionados sobre os tipos de empresas que desempenhariam um papel mais importante para permitir os pagamentos e utilizações de vales através do telemóvel, a maioria dos inquiridos identificou empresas de crédito, operadores de comunicações, empresas de software, grandes retalhistas e produtores de equipamentos como os agentes responsáveis pela dinamização desta oferta.

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