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China quer aproveitar a maior feira do mundo para reforçar laços com Portugal

Por a 3 de Março de 2011 as 9:35

A China quer utilizar a Feira de Cantão, a maior feira industrial e comercial do mundo, para intensificar laços com Portugal e os países de língua portuguesa, disse à Lusa a conselheira económica da embaixada chinesa em Lisboa.

“Damos as boas-vindas aos países de língua portuguesa e queremos convidar mais empresas para estarem presentes na Feira de Cantão, quer importadores quer exportadores, para ampliar e promover novos negócios e alcançar benefícios mútuos”, afirmou He Ding, a conselheira económica e comercial da embaixada, à margem da sessão de apresentação da sessão deste ano, a 109.ª, da Feira de Cantão, que decorre entre 15 Abril e 05 de Maio.

He Ding frisou ainda o interesse da China, a segunda economia do mundo, em diversificar as relações económicas e comerciais, quer pelo lado das importações, quer das exportações, o que passa pelo reforço das relações com Portugal e com os países de língua portuguesa.

“Achamos muito importante o estreitar dos laços económicos e comerciais com os países de língua portuguesa”, referiu.

Com mais de um milhão de metros quadrados, a Feira de Cantão é a maior plataforma de negócios em todo o mundo, onde participam mais de 20 mil empresas estrangeiras, mais de 200 mil compradores de todo o mundo e onde o número de produtos expostos ultrapassa os 150 mil.

De acordo com Jenny Wang, subdiretora do Departamento Internacional do Centro Chinês de Comércio Externo, a média da participação das empresas portuguesas nas cinco últimas edições da feira foi de cerca de 550, um número que a organização quer aumentar, abrindo também portas aos empresários que querem vender na China.

“Desde que abriu, 2007, a secção de importação, destinada às vendas para o mercado chinês, tem recebido em média mais de 300 empresas de 80 países e regiões”, referiu Wang, com He Ding a destacar o potencial de crescimento do comércio bilateral entre a China e Portugal.

“Em 2010, o comércio bilateral aumentou 37%, e a China entrou pela primeira vez na lista dos dez maiores parceiros comerciais portugueses. No entanto, o peso do comércio bilateral não chega a 2% no comércio global português e há uma larga margem para crescer o volume das importações e exportações”, sublinhou He, dando como exemplo os sectores do vinho, do azeite e da cortiça.

A última sessão da Feira de Cantão, em 2010, registou um volume de negócios de 343 mil milhões de dólares (cerca de 248,2 mil milhões de euros), um aumento de 30% face a 2009.

*Lusa

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