Bebidas

“Caso não apostássemos no mercado internacional, a Unicer seria mais pequena”, admite Pires de Lima

Por a 2 de Março de 2011 as 15:45

As vendas da Unicer foram fortemente alavancadas pela performance conseguida nos mais diversos mercados internacionais, com o CEO da companhia, António Pires de Lima a considerar que, “caso não apostássemos no mercado internacional, a Unicer seria uma empresa mais pequena”. Até porque, segundo o responsável da companhia, “é diferente uma empresa portuguesa que vive do seu negócio do que uma multinacional para a qual o mercado português é residual”.

Com as marcas da Unicer a chegar a mais de 50 países, as vendas internacionais da companhia atingiram, em 2010, os 190 milhões de litros, correspondendo, em valor, a aproximadamente 120 milhões de euros. De resto, a empresa exportou cerca de 40% da cerveja que produziu no último exercício, revelando Pires de Lima que “têm sido efectuados grandes esforços para diversificar os mercados de exportação”, salientando que “para isso temos estado a apostar e a investir também nas pessoas, formando profissionais locais”.

Os dados revelados pela Unicer indicam que a empresa detém, actualmente, uma quota de exportação de bebidas de 79,5%, em valor, e 75,9%, em volume, números traduzidos em 13.000 contentores e 2.00 camiões

De resto, o CEO da Unicer deu como exemplo mercados como a China e o Japão, onde “inclusivamente já temos publicidade”, admitindo mesmo que, “basta dar um tiro certeiro na China para isso ter um reflexo enorme nas nossas vendas”.

Contudo (ainda) não é na Ásia que a Unicer tem o seu foco principal ao nível da exportação, considerando Pires de Lima que “o eixo principal da nossa exportação continua a ser a língua portuguesa”. Aqui, Angola aparece na liderança, indicando a Unicer que, em 2010, ultrapassou os recordes de exportação para este mercado, onde foi lançada a mini com abertura fácil, uma inovação introduzida em Portugal, mas apresentada ao mercado angolano em Novembro de 2010.

Quanto aos investimentos da Unicer em terras de José Eduardo dos Santos, Pires de Lima foi claro: “não há novidades em relação à construção da fábrica em Angola”, considerando que “não avançamos para o projecto enquanto não houver convicção total de todos os accionistas”.

O gestor revelou-se, contudo, decepcionado com as ajudas dadas pelo Governo português à exportação, adiantando que a empresa tem tentado abrir portas de mercados que até agora têm estados fechados”, dando como exemplo o caso da Venezuela “para onde exportamos muitos computadores, mas não cerveja”.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *