Mercado do vinho nos EUA deverá crescer três vezes mais que a média

De acordo com um recente estudo da Vinexpo/IWSR (International Wine and Spirit Research), o crescimento agressivo do consumo de vinho permitiu ao mercado norte-americano ultrapassar a França, posicionando-se como segundo maior consumidor de vinhos tranquilos. Embora a Itália permaneça comodamente na liderança deste ranking, o estudo prevê que os EUA cresçam 9,35% até 2014, admitindo Robert Beynat, CEO da Vinexpo, que “dentro dos próximos 10 anos, o consumo de vinho nos EUA deverá crescer três vezes mais que a média global”.

Além desta conclusão, o estudo levado a cabo pela IWSR, encomendado pela Vinexpo, salienta ainda o facto de os EUA serem o maior consumidor mundial de vinhos com preço acima dos 10 euros/garrafa (cerca de 7,3 euros) e o terceiro maior importador, em volume, depois do Reino Unido e Alemanha. Já em valor, os EUA apresentam-se como segundo maior importador mundial, ocupando a quarta posição relativamente à produção total, atrás da França, Itália e Espanha.

O consumo de vinhos tranquilos evolui 9,9% nos EUA entre 2005 e 2009, totalizando mais de 281 milhões de caixas de 9 litros, correspondendo a cerca de 3,374 mil milhões de garrafas. Em 2010, o consumo de vinhos manteve um crescimento e de 2010 a 2014, as estimativas apontam para uma evolução acrescida de 9,35%. Durante este período, os analistas da IWSR prevêem que os norte-americanos ultrapassem os italianos como maiores consumidores de vinho.

Os dados indicam que, entre 2005 e 2009, o crescimento do consumo de vinhos importados e vinhos domésticos era equilibrado, com taxas de 10,7 e 9,4%, respectivamente, antecipando a IWSR/Vinexpo que esta tendência continue entre 2010 e 2014.

Em 2010, os vinhos importados representavam 27,8% do total de vinhos consumidos nos EUA, com os néctares provenientes de terras italianas a liderar o ranking. Entre 2005 e 2009, os volumes importados pelo mercado italiano de Itália, Austrália e França aumentara 8,3%, 1,5% e 1,3%, respectivamente.

Embora em termos de volume os dados apontem para quantidades ainda reduzidas, o mercado que maior crescimento registou nas exportações de vinho para os EUA foi a Argentina, tendo evoluído, entre 2005 e 2009, 114%.