FMCG Vinhos

China aumenta consumo e Reino Unido evoluiu nas importações

Por a 18 de Janeiro de 2011 as 16:48

De acordo com os últimos dados do International Wine and Spirit Research (IWSR), o consumo e produção de vinho na China irão aumentar exponencialmente nos próximos quatro anos, revelando os actuais números que o consumo evoluiu 100% entre 2005 e 2009, passando de 46,9 para 95,9 milhões de caixas.

A entidade que efectuou o estudo para a organização da Vinexpo, adianta que os valores aumentarão mais 20% até 2014, atingindo as 126,4 milhões de caixas.

Já ao nível da produção de vinho, as previsões apontam para que a China incremente 77% nos próximos quatro anos, atingindo as 128 milhões de caixas contras as 72 milhões de 2009.

Para os produtores ávidos em exportaram para tão atractivo mercado, o chairman da Vinexpo, Xavier de Eizaguirre, referiu recentemente que “90% do vinho consumido na China é produzido localmente”.

Os dados revelam, igualmente, que França, Itália e Espanha continuarão a ser os maiores produtores de vinho do mundo, sendo responsáveis por quase metade da produção mundial de 3 mil milhões de caixas. Contudo, os números do IWSR admitem que a produção nestes países possas registar um decréscimo entre 1 e 7% até 2014. As causas para esta possível quebra estão na “reestruturação da vinha e concentração em produções de maior qualidade”, diz Robert Beynat, CEO da Vinexpo.

Os únicos países a aumentar a produção deverão ser a Argentina (+13%), Chile (+8%), África do Sul (+7%) e a já referida China.

Enquanto os EUA deverão permanecer os maiores consumidores de vinho até 2012, com mais de 300 milhões de caixas, ultrapassando a Itália no actual ranking, mantendo-se o Reino Unido como o maior importador mundial, tanto em valor como volume, indicando os números importações no valor de 1,77 mil milhões de caixas de vinho por um valor de 8,6 mil milhões de libras (cerca de 13,7 mil milhões de euros).

Por norma, os britânicos consomem, per capita, mais vinho branco que outra nação qualquer, chegando aos 44% do total de vinho consumido. Em contraste, o consumo de vinho tinto decresceu 8% nos últimos cinco anos e prevê-se que a queda se acentue até 2014.

Como consumidores, Rússia, EUA e China deverão registar as maiores evoluções nos próximos quatro anos, passando a China para 20,7 milhões de caixas, os EUA para 27 milhões de caixas e a Rússia para 5,5 milhões de caixas.

Finalmente, os dados divulgados agora pela Vinexpo revelam que das 3 mil milhões de caixas – ou 36 mil milhões de garrafas – produzidas anualmente, um quarto é exportado, estimando-se que uma em cada quatro garrafas não seja bebida no país onde é produzido o vinho.

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