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CVRVV recupera castas autóctones em risco de extinção

Por a 4 de Janeiro de 2011 as 15:01

Num estudo conduzido pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), concluiu-se que o desaparecimento da pequena propriedade é a principal causa para a extinção da maior parte das castas autóctones da região. Fruto de um trabalho de campo intensivo, as 14 castas exclusivas das nove sub-regiões dos Vinhos Verdes, encontram-se, actualmente, em plena produção, revelando já um elevado potencial enológico.

A localização, a génese dos solos e o clima definiram, desde sempre, condições de grande expressão vegetativa para a cultura da vinha na Região dos Vinhos Verdes. Com nove sub-regiões identificadas (Monção, Lima, Cávado, Ave, Basto, Amarante, Sousa, Paiva e Baião), a grande extensão da rede hidrográfica e a maior ou menor proximidade do Oceano Atlântico, contribuiu para o aparecimento de diferentes microclimas, que originaram uma enorme diversidade de castas.

No entanto, segundo um estudo desenvolvido pela Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG), a intensificação da cultura da vinha nos últimos 30 anos contribuiu para acelerar o processo de erosão a dois níveis. Em primeiro lugar, a nível genético, assiste-se à produção contínua do mesmo conjunto de castas, votando muitas outras castas ao esquecimento. Por outro lado, a nível cultural, as formas de cultivo tradicionais empregues nem sempre são as mais correctas.

Consciente, portanto, da biodiversidade de castas da região, a EVAG está a desenvolver um plano de preservação, através de uma vasta colecção ampelográfica. Este acervo vai permitir realizar uma série de estudos, a avaliação das castas menos utilizadas e a revisão da actual composição dos encepamentos. Pretende-se, assim, aumentar a biodiversidade das castas, evitando a massificação dos Vinhos Verdes.

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