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Apesar de negociações “muito difíceis”, armadores desiludidos com acordo de quotas

Por a 15 de Dezembro de 2010 as 13:31

*com Lusa

Depois de o ministro da Agricultura e Pescas ter considerado hoje, em Bruxelas, que os interesses portugueses foram “salvaguardados” no final das negociações “muito difíceis” sobre as quotas de pesca para 2011 que terminaram esta madrugada, os armadores de pesca industrial portugueses já vieram afirmar que o acordo sobre quotas pesqueiras revela a “subserviência de Bruxelas a interesses externos” e admitiram juntar-se a espanhóis e franceses no “incumprimento do regulamento”.

Se António Serrano, ministro da Agricultura, sai da capital belga “um pouco mais satisfeito do que estava ontem [Terça-feira]”, reconhecendo que “foi muito difícil, mas penso que salvaguardámos a matéria principal do interesse português”, o presidente da Associação dos Armadores de Pescas Industriais, Miguel Cunha, afirmou à agência Lusa “lamentar muito que a Comissão Europeia continue com uma estratégia completamente suicida do sector de pescas europeu”.

Para Miguel Cunha, a Comissão Europeia mostrou ser “subserviente aos interesses de países externos à União Europeia”, adiantando que “a Noruega aumentou o TAC [Totais Admissíveis de Capturas] em 16%, mas baixou em 43% as oportunidades de pesca da frota comunitária dentro de águas norueguesas”.

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