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Estudo prevê 68 milhões em furtos neste Natal e aconselha atenção redobrada

Por a 10 de Dezembro de 2010 as 16:23

Com o Natal à porta, os retalhistas preparam-se para o pior. O relatório “Shoplifting for Christmas 2010”, feito pelo Centre for Retail Research, estima que o valor dos furtos nesta época festiva vai alcançar 5.4 mil milhões de euros.


A entidade inglesa responsável pela elaboração do Barómetro Global do Furto no Retalho, estudo patrocinado pela Checkpoint Systems, prevê ainda que os “shoplifters” e colaboradores serão responsáveis por um incremento do furto em relação ao Natal de 2009 superior a 168 milhões de euros (+ 3%).

Como explica Joshua Bamfield, director do Centre for Retail Research e o autor do estudo, «alguns retalhistas podem ser surpreendidos pelo aumento do crime neste período porque a Europa está a atravessar uma altura economicamente difícil”.

Para Portugal, e apesar do decréscimo de 1,6% (total da perda de 340 milhões de euros), registado no último ano, o estudo estima que o furto nas lojas atinja um valor superior a 68 milhões de euros, mais 3,2% face ao período homólogo de 2009.

O documento indica que no nosso País cerca de 40 milhões de euros serão resultado do furto por parte de shoplifters, mais de 23 milhões de euros por parte dos colaboradores e 5 milhões de euros relacionados com fraudes desencadeadas ao longo da cadeia de abastecimento.

Perfil dos ladrões

É preciso atenção redobrada por parte dos retalhistas, alerta o estudo, “pois, ao contrário do que é habitual, haverá maior número de mulheres a praticar o furto nas lojas. E as mulheres tendencialmente roubam objectos de valores mais elevados”. No entanto, o “shoplifter sazonal tem em média 25 anos e é do sexo masculino”.

O estudo estima que mais de metade dos furtos no retalho serão realizados por homens.

Os empregados serão responsáveis pelo desvio de “alguns milhões de euros de mercadoria durante o período de festas. Cerca de 1,7 mil milhões de euros serão perdidos com o furto de produtos, assim como com transacções fraudulentas efectuadas por empregados”.

O elevado número de trabalhadores sazonais nos armazéns, centros de distribuição e back-office do retalho virtual, contribui em força para o aumento dos furtos.

“O grupo de risco é composto por shoplifters profissionais e semi-profissionais, assim como gangs que furtam para revenda ou delinquentes que furtam para consumo próprio”, conclui o estudo.

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