Distribuição

Wal-Mart disposta a pagar 1,8 mil milhões pela sul-africana Massmart

Por a 30 de Novembro de 2010 as 8:58

A Wal-Mart informou recentemente que fez uma oferta de 16,5 mil milhões de rands (cerca de 1,758 mil milhões de euros) pela participação de 51% na sul-africana Massmart Holdings, operador de diversas redes retalhista e grossistas na África do Sul.

A administração da Massmart já veio recomendar a aprovação da proposta, que também tem o apoio dos accionistas, com a Wal-Mart a planear, segundo a imprensa sul-africana, manter as acções da companhia listadas na Bolsa de Joanesburgo.

A aquisição, que depende da aprovação das autoridades reguladoras, deve enfrentar oposição dos sindicatos trabalhistas.

Se concluída, a operação marcará a entrada no Wal-Mart na África, continente que, de resto, está a atrair empresas estrangeiras que querem aproveitar esse mercado de mil milhões de pessoas.

“Quanto mais nós aprendemos sobre a África do Sul e os países vizinhos, mais nos convencemos que essa é uma região importante, com características de crescimento atraentes”, disse Doug McMillon, presidente e CEO da Wal-Mart International, em comunicado. “Essa combinação enquadra-se perfeitamente na nossa estratégia de entrar em mercados com um forte crescimento nos quais podemos aplicar a nossa experiência global e gerar fortes retornos”.

A maior parte das 288 lojas da Massmart está localizada na África do Sul, mas o grupo também opera em mais 13 países subsaarianos. O CEO da companhia, Grant Pattison, afirmou à imprensa que a administração na África do Sul continuará a gerir a companhia e “manterá sua estratégia, incluindo a forte expansão na região”.

Os rumores das duas empresas se encontrarem em conversações sobre um possível acordo vem já do final do mês de Setembro, embora, na altura, se falasse de uma aquisição a 100% pelo maior retalhista do mundo.

O director financeiro da Massmart, Guy Hayward, admitiu à imprensa sul-africana que “alguns accionistas internacionais queriam manter a exposição à companhia após a aquisição e que o governo perguntou se seria possível alterar o acordo para manter as acções da empresa listadas na bolsa local”.

Por fim, a Wal-Mart comprometeu-se a trabalhar com fornecedores locais, garantindo que vai honrar todos os contratos preexistentes com as organizações de trabalhadores.

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