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JM investe 75% dos 1,7 mil milhões na Polónia

Por a 10 de Novembro de 2010 as 12:49

O grupo Jerónimo Martins (JM) estima adicionar 700 lojas nos próximos três anos à rede Biedronka já existente na Polónia, perspectivando ainda a remodelação de 7% da rede de lojas todos os anos, enquanto para Portugal os objectivos traçados incluem cinco novas lojas Pingo Doce por ano e mais quatro Recheio para os próximos três anos.

Por estas contas, apresentadas hoje (Quarta-feira) no âmbito do Dia do Investidor, que a Jerónimo Martins realizou em Wroclaw (Polónia), percebe-se para que mercado a companhia liderada por Pedro Soares dos Santos irá canalizar os investimentos. Aliás, não o esconde: do “Capex do grupo para o período de três anos estimado em cerca de 1,7 mil milhões de euros, mais de ¾ será investido na Polónia”.

De resto, os responsáveis do maior retalhista português – segundo em Portugal, atrás da Sonae e líder na Polónia – admite que, na Polónia, o potencial de mercado em conjunto com a força da Biedronka reforçam o nosso foco em expandir o negócio”, reconhecendo que o grupo mantém-se “cauteloso” em relação à economia portuguesa, mas “confiantes” que os modelos operados pela JM terão “desempenhos acima dos sectores”.

A Jerónimo Martins revela, aliás, que pretende “acelerar o crescimento na Polónia” e “analisar novas geografias”. Neste ponto, o documento da JM define os caminhos estratégicos e as prioridades, admitindo que procurará “maximizar a oportunidade polaca” onde pretende “testar novas oportunidades”, enquanto para o mercado nacional a “consolidação da liderança” através da “cobertura total do mercado de proximidade e optimização da geração de cash flows e dos retornos” parece ser o caminho.

De forma a maximizar a “oportunidade polaca”, como se lê no documento da JM, o crescimento do cabaz da Biedronka “exige uma proposta comercial em melhoria constante”, pelo que esta estratégia passará por um sortido que cobrirá “progressivamente mais necessidades”, com critérios para admissão de novos produtos no sortido baseados em “elevada rotação” e que não impliquem “um aumento dos custos de loja”, definindo a JM a “embalagem como um elemento adicional de diferenciação”.

Assim, e considerando “a solidez financeira do grupo” e a percepção do mercado de retalho polaco, a JM considera “como uma prioridade estratégica acelerar a expansão da Biedronka, sem comprometer a qualidade das localizações e os retornos esperados”. No documento apresentado em Wroclaw, a JM admite atingir, no final de 2013, mais de 2.300 lojas, embora o objectivo seja, a “médio prazo” atingir as 3.000 lojas.

Em relação às novas oportunidades que poderão surgir no mercado polaco, a JM adiante no documento que, complementarmente à área alimentar, as farmácias serão analisadas e afinado o modelo de negócio.

Já no mercado nacional, e no seguimento do Orçamento de Estado aprovado, a JM antecipa “uma deterioração da envolvente”. Assim, o Capex ficará “limitado ao programa de remodelações e aberturas em localizações chave de proximidade”, mantendo o grupo como prioridade “o fortalecimento da quota de mercado através do crescimento like-for-like das vendas”.

Deste modo, a JM espera atingir estes objectivos através de um “posicionamento de preço e fortalecimento da diferenciação”.

Depois de recentemente ter admitido que a companhia iria atingir “resultados recorde em 2010, Pedro Soares dos Santos, administrador-delegado da Jerónimo Martins, confirma no documento “as expectativas de crescimento de vendas a dois dígitos” para 2010, mantendo essa estimativa para o período entre 2011-2013.

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