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Recado da Google: “concentrem-se no móvel”

Por a 25 de Outubro de 2010 as 18:18

*Em Berlim

O primeiro painel do World Retail Congress 2010, teve no universo virtual um dos temas mais interessante da manhã, tendo sido iniciada pela constatação de Heinz Krogner, chairman da Esprit, que “para se ter sucesso no mundo virtual, o retalhista tem de se mover muito mais rapidamente do que até agora”, reconhecendo que “o virtual obriga-nos a estar em permanente actualização”.

Phillip Schindler, vice presidente da Europa do Norte e Central da Google, pegou na dica do responsável da Esprit e deixou quatro tendências fundamentais para os retalhistas que queiram ter sucesso no futuro: “navegação na Internet e busca de informação por parte do consumidor; recomendação por busca; móvel e utilização dos dados fornecidos pela Internet”.

Assim, Schindler referiu que o retalhista tem de estar presente nas diversas plataformas onde o consumidor efectua a sua busca e onde a recomendação por parte de outros consumidores poderá funcionar como um aconselhamento importante na hora de optar.

Ponto muito importante e bastante salientado por Schindler foi, no entanto, o móvel, servindo-se, aqui, da realidade norte-americana: “30% dos consumidores adultos nos EUA utilizam o móvel para fazer comparação de preços nas lojas e esse número está a aumentar rapidamente”.

Além de admitir que os aparelhos móveis serão as carteiras dos consumidores no futuro, Schindler deixou claro que “os consumidores actuais compram quando e onde querem e os telemóveis são, actualmente, a ferramenta que lhes permite fazer isso. Por isso, quem não estiver onde e quando o consumidor quiser comprar, dificilmente entrará na mente do consumidor na hora de este fazer a opção de compra.

O responsável da Esprit reconheceu mesmo que, “se não começarmos a trabalhar agora nesta realidade, não estaremos preparados no futuro”, deixando a informação de que em 2015 mais de 40% das vendas serão feitas por e-commerce, seja através da Internet ou equipamentos móveis. Ou seja, “temos de começar a trabalhar agora para estar junto desse consumidor dentro de cinco anos”.

“O consumidor daqui a 10 ou 15 anos vai ser muito diferente do actual, já que terá equipamentos mais funcionais, rápidos e intuitivos que lhe possibilita efectuar a busca e posterior compra”.

O responsável da Google salientou que, “se os equipamentos móveis estão actualmente a dar cartas na navegação na Internet”, dando como exemplo as milhões de aplicações descarregadas da Internet pelas utilizadores do iPhone, “imagine-se o que será este mundo em 2015 ou 2020. Há que estar preparado”.

Outro tema que foi puxado para a conversa foram as redes sociais, classificando o painel estas redes de “fenómeno muito importante”. Mindy Grossmann, CEO da Home Shopping Network, salientou, contudo, que não basta estar nas redes sociais, “é preciso saber utilizá-las”, chamando à atenção, também para a “transparência com que são utilizadas”.

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