FMCG Vinhos

Região de Lisboa beneficia da influência do clima Atlântico

Por a 22 de Outubro de 2010 as 14:03

Com a vindima de 2010 na região vitivinícola de Lisboa praticamente concluída e com quase toda a produção dentro das adegas, a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) antevê uma colheita com “uma produção acima do valor divulgado a título previsional no início do Verão”, admitindo agora atingir cerca de “15 a 20% a mais do que na campanha anterior”, o que se traduzirá numa produção próxima a 1,2 milhões de hectolitros.

Segundo os responsáveis da CVR, “a ocorrência de alguns focos de míldio e as elevadas temperaturas verificados em Agosto, não prejudicaram no cômputo geral o estado das uvas, permitindo à entrada das adegas a recepção de matéria-prima com muito boa qualidade. Também as temperaturas elevadas que o Verão deste ano trouxe, tiveram na generalidade da área vitícola nacional consequências no processo de maturação, consequências que nesta região terão sido menos notórias dada a influência atlântica que proporciona alguma frescura e humidade durante a noite”.

Quanto às fermentações alcoólicas, estas ocorreram de forma “natural, sem quaisquer tipos de condicionantes ou problemas dignos de reparo, tendo em conta o adequado apetrechamento tecnológico das adegas ao qual se associou de forma positiva a possibilidade de se fazer uma vindima sem pressas, proporcionada também pelas condições meteorológicas favoráveis para o efeito”.

Digno de destaque pela CVR de Lisboa foi o comportamento apresentado pelas castas Syrah e Aragonez, “ambas com uma área de vinha bastante expressiva na Região, permitindo a obtenção de mostos que ao nível da cor, do aroma e do sabor prenunciam um ano de excelência no que se refere a estas castas”.

Assim, a CVR perspectiva “um bom ano, com vinhos brancos frescos e aromáticos e também bastante favorável no que respeita à produção de base de vinhos espumantes e de vinho branco leve típico da Região de Lisboa. Nos vinhos tintos, é expectável que se venham a encontrar vinhos com boas cores, elegantes, encorpados, frutados e bastante equilibrados na sua acidez, por consequência muito interessantes aromática e gastronomicamente”.

Finalmente, e face à actual conjuntura económica, a CVR de Lisboa espera alcançar as “22 milhões de garrafas para o ano civil de 2011”.

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