Destaque FMCG Marcas

Portugal deve aumentar exportações para 50% do PIB, defendeu ministro da Agricultura

Por a 21 de Outubro de 2010 as 18:54

*Lusa

“Portugal precisa de aumentar as exportações. As exportações portuguesas representam cerca de um terço do nosso Produto Interno Bruto e devem aproximar-se, devem caminhar para os 50% do Produto Interno Bruto, que seria o ideal”, afirmou António Serrano.

Depois de passar em Xangai, António Serrano está em Macau e segue Sexta feira para Hong Kong para promover os produtos portugueses do sector agro-alimentar, mas não esquece todas as possibilidade de exportação de Portugal.

“A China vai ser o país que mais crescer este século e acho que este século pertence à China e Portugal tem de estar hoje na China como estivemos no século XVI”, defendeu António Serrano.

O ministro sustentou que Portugal tem de encarar a China “como uma grande oportunidade” e apesar de ter de perceber que o país é muito grande, as empresas devem ter como objectivo a “colocação dos produtos de qualidade” produzidos em Portugal “quer na agricultura, quer em todas as áreas”.

António Serrano recordou que o sector agro-alimentar e florestal tem um peso de 13% nas exportações nacionais e que para a Ásia, esse valor é “pouco significativo” além de que os mercados tradicionais de destino dos produtos portugueses continuam a ser afectados pela crise, palavra que “não se fala nesta região”.

Nesse sentido, o ministro veria com positiva a “substituição” dos mercados tradicionais das exportações portuguesas pela Ásia e está confiante que Portugal tem capacidade para, pelo menos, “duplicar” as vendas para esta região do mundo.

Para atingir o objectivo de aumentar as exportações, Portugal tem de “trabalhar muito” e é necessário que o Estado “ajude as empresas a poderem localizar-se também nestas regiões como outros países estão a fazer”.

António Serrano defendeu que “Portugal tem a vantagem da relação histórica que existe com Macau e com a China. Nós não podemos substituir às empresas privadas e o que queremos fazer é ajudar a criar um contexto favorável nestas zonas para que o nosso investimento seja bem aceite, para que os nossos produtos sejam bem aceites”.

Reconhecendo que os mercados de Xangai ou Hong Kong são muito maiores do que o de Macau, onde residem apenas 550.000 pessoas, António Serrano não deixou, contudo, de salientar a importância do antigo território sob administração portuguesa como base de apoio e “porta de entrada” para a região, razão pela qual testemunhou a assinatura de um memorando de entendimento entre os Serviços de Economia locais e institutos do vinho de Portugal.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *