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“Cenário de evolução futura para o País é sombrio”, diz CCP

Por a 19 de Outubro de 2010 as 9:54

Depois de conhecidas as propostas do Governo para o Orçamento de Estado (OE) para o ano 2011, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) resume em poucos pontos o que encara ser “um cenário de evolução futura particularmente sombrio” para o País.

Assim, em relação às previsões macro-económicas, a confederação liderada por João Vieira Lopes salienta que estas são “pouco credíveis”, já que em termos orçamentais são trabalhadas “hipóteses completamente dispares em termos de crescimento económico, interiorizando o Governo a inevitabilidade de o país entrar em recessão em 2011”.

No que diz respeito às exportações, a CCP é da opinião que o OE “transmite uma imagem substancialmente incompleta e deformada do sector exportador”, adiantando ainda que “não consideradas as previsões da descida das importações, ignora-se a correlação entre estas e as vendas no exterior e os nossos principais mercados de destino irão atravessar em 2011 um processo de desaceleração do seu crescimento.

Num documento onde a CCP ainda divulga as suas preocupações no que diz respeito à despesa pública e criação de emprego, o comunicado termina com “o cenário de recessão e a forte penalização com que, sobretudo, as micro, pequenas e médias empresas se irão confrontar”, perspectivando a CCP um “elevado aumento do número de encerramento de empresas”.

Finalmente, o agravamento das taxas de IVA terá, segundo a CCP, “inequivocamente consequências para o sector, em particular para as empresas situadas nas zonas transfronteiriças as quais já sofrem hoje as consequências das taxas mais reduzidas praticadas pela vizinha Espanha”.

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