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Sumol+Compal diz que aumento do IVA retira competitividade face a Espanha

Por a 15 de Outubro de 2010 as 12:20

Num comunicado enviado às redacções, a Sumol+Compal, um dos principais players no mercado nacional de bebidas não alcoólicas e produtos alimentares, admite que a intenção do Governo de proceder a um “agravamento significativo da taxa de IVA”, aplicável a um conjunto de produtos, no qual se inserem os refrigerantes e as bebidas de fruta, “terá um enorme impacto ao nível da actividade e da competitividade das empresas do sector de alimentação e bebidas que operam em Portugal”.

Depois de ser conhecida a intenção do Governo em agravar em 17 pontos percentuais alguns produtos alimentares como, por exemplo, os refrigerantes, passando de 6 e/ou 13% para 23%, Duarte Pinto, presidente da Comissão Executiva da Sumol+Compal, admite que “teremos uma retracção do consumo que, por sua vez, originará uma recessão sectorial e uma redução da receita fiscal e seguramente a um aumento do desemprego, quer por via da necessidade de adequação do capital humano à nova realidade, quer por via de eventuais deslocalizações de unidades de produção”.

Uma outra consequência deste aumento do IVA neste tipo de produtos será, segundo o responsável da companhia, “um aumento significativo do fluxo de produtos oriundos de Espanha o que, mais uma vez, contribuirá para uma redução da receita fiscal e reduzirá o espaço de manobra das empresas portuguesas do sector”.

Duarte Pinto reforça, aliás, que a falta de competitividade fiscal com Espanha – país em que todas as bebidas não alcoólicas são tributadas em IVA à taxa reduzida de 8% – “será decisiva já que um gap de 15 pontos percentuais afectará, de forma acentuada, a competitividade das empresas portuguesas do nosso sector face aos seus concorrentes espanhóis”.

No caso particular da Sumol+Compal, o presidente da Comissão Executiva da companhia, admite que, se esta medida for aprovada, porá “em causa alguns projectos relevantes para a economia nacional, como seja a celebração de contratos de longo prazo com agricultores nacionais para o fornecimento de matérias-primas de fruta que está nos nossos planos”.

Além disso, conclui o responsável em comunicado, o agravamento da taxa de IVA nestes produtos poderá, inclusivamente, pôr em causa capacidade de investimento para continuar a suportar o processo de internacionalização em curso”.

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