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Produção de leite é uma forma de sair da crise, admite FAO

Por a 4 de Outubro de 2010 as 10:44

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revelou recentemente que “fazer com que a produção de leite em pequena escala seja mais competitiva pode ser uma das armas para diminuir a pobreza ao mesmo tempo que se aumenta os níveis de nutrição e se melhora o nível de vida da população rural”.

Segundo a organização, “a procura mundial de leite está a crescer a um ritmo de 15 milhões toneladas, na sua maior parte nos países em desenvolvimento. Produzir este volume acrescido de leite por parte dos pequenos produtores criaria cerca de três milhões de empregos anuais, somente na produção primária”, assinalou recentemente Samuel Jutzi, director da Divisão de Produção e Saúde Animal da FAO, citado pela agência EFE.

“Trata-se de uma oportunidade única para estabelecer uma cadeia de produção de leite sustentável que poderá cobrir a procura dos consumidores locais e do mercado mundial”. Ou seja, um desenvolvimento controlado do sector lácteo poderia representa uma contribuição substancial para alcançar os “Objectivo de Desenvolvimento do Milénio” e “erradicar a fome e a pobreza”, admitiu Jutzi.

Os cálculos indicam que cerca de 150 milhões de famílias de pequenos produtores de leite – correspondendo a cerca de 750 milhões de pessoas – dedicam-se à produção de leite, a maioria em países em desenvolvimento. A nível mundial, revela a FAO, o tamanho da exploração ronda as duas vacas, com um rendimento médio de 11 litros diários.

A nível mundial existem cerca de 6 mil milhões de consumidores de leite e produtos lácteos, grande parte a viver nos países em desenvolvimento. Nos países analisados pela FAO, os pequenos produtores lácteos têm custos de produção muito competitivos e, por isso, “se se organizassem teriam potencial de competir com os sistemas de exploração de grande escala, com grandes investimentos e alta tecnologia, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos”, admite a FAO.

Salientando que, com muito poucas excepções, os pequenos produtores obtêm receitas relativamente altas por litro de leite, adiantando ainda a FAO que “o aumento da procura dos consumidores de produtos lácteos nos países em desenvolvimento, impulsionada pelo crescimento demográfico e rendimento disponível, abre importantes oportunidade de mercado ao pequenos produtores”.

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