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Zona euro crescerá 1,7% em 2010

Por a 14 de Setembro de 2010 as 14:57

As últimas previsões económicas de Bruxelas apontam para um “ganho consistência”. No segundo trimestre de 2010, o crescimento do PIB foi “expressivo”, e também “mais equilibrado no sentido da procura interna do que anteriormente se previra”, refere Bruxelas. Embora seja esperada ainda uma diminuição no segundo semestre, as perspectivas são de um perfil trimestral ligeiramente melhor do que na previsão da Primavera, devido às repercussões de algum do dinamismo do segundo trimestre.

Assim, para 2010 na totalidade, prevê-se agora um crescimento do PIB real de 1,8% na UE e de 1,7% na zona do euro. Todavia, esclarece o comunicado de Comissão Europeia, “a retoma permanece frágil, com um elevado grau de incerteza e disparidades entre os Estados-Membros”.

O comissário responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários da UE, Olli Rehn, referiu ontem, após a análise feita pela Comissão que “a economia europeia está claramente numa trajectória de recuperação, mais forte do que a prevista na Primavera, e a retoma da procura interna é um bom augúrio para o mercado de trabalho. No entanto, as incertezas mantêm-se e continua a ser prioritário salvaguardar a estabilidade financeira e prosseguir a consolidação orçamental. Ao mesmo tempo, temos de financiar antecipadamente reformas estruturais, para aumentar o nosso potencial de crescimento. Quanto mais depressa e vigorosamente agirmos nesta frente, mais seguros poderemos estar de um crescimento sustentado e de criação de emprego”.

As subidas do PIB previstas pela Comissão (1,8% na UE e 1,7% na zona do euro em 2010, revisão em alta de cerca de 0,75 pontos percentuais em relação à previsão da Primavera) baseiam-se em projecções actualizadas para a França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Polónia, Espanha e Reino Unido, países que representam no seu conjunto cerca de 80% do PIB da União. A nível individual, a situação mantém-se díspar entre os Estados-Membros, com as economias alemã e polaca a apresentarem os melhores desempenhos. Esta disparidade reflecte as diferenças nas estruturas de produção, a escala do esforço de ajustamento e o reequilíbrio em curso na UE e na área do euro.

As estimativas da Comissão admitem que, no segundo semestre de 2010, o crescimento do PIB da UE também “abrande, reflectindo o arrefecimento da economia mundial e a dissipação dos factores temporários que desencadearam a retoma”. Não obstante, as repercussões de algum do dinamismo do segundo trimestre “obrigarão a uma ligeira revisão em alta do perfil trimestral, a comparar com a previsão da Primavera”.

Assim, calcula-se agora que, no terceiro trimestre, o PIB cresça 0,5% na UE e na zona do euro e, no quarto trimestre, 0,4% e 0,3%, respectivamente.

Bruxelas adianta ainda que “a retoma está a generalizar-se a vários sectores e componentes da procura”, destacando o contributo do investimento e do consumo privados para o crescimento do PIB no segundo trimestre de 2010 que ultrapassou os contributos combinados das existências e das exportações líquidas. « Este reequilíbrio é estimulante, em especial por o contexto externo (pouco favorável) no segundo semestre dever ter um efeito amortecedor no crescimento das exportações da EU”, refere a Comissão no comunicado.

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