Bebidas

Colas a borbulhar…

Por a 8 de Setembro de 2010 as 14:51

A macro-categoria de “bebidas não alcoólicas” (águas, sumos, colas, sumos, refrigerantes fruta sem gás, ice tea, refrigerantes fruta com gás, lima-limão e bebidas desportivas e energéticas) representa uma fatia muito importante do total FMCG (Fast Moving Consuming Goods), tendo um peso de 11.3% no volume comprado pelos lares portugueses em produtos de grande consumo, além de que é grande geradora de tráfego (35% das cestas de compra têm pelo menos uma de “bebidas não alcoólicas”).
De acordo com o painel de lares da Kantar Worldpanel, no YTD P04 10 (período que corresponde aos quatro primeiros meses do ano de 2010) a menor frequência de compra e o menor gasto por lar provocou a queda em valor desta macro-categoria em quase 8%, embora em termos de volume esteja estável.
Todas as categorias de “bebidas não alcoólicas” perderam valor, à excepção de “colas regular”, que cresceu 1.3% e apenas “colas regular”, “colas light” e “águas” é que conseguiram crescer em volume. A tendência de redução do preço afecta mais de metade das categorias de NARTD, resultado, sobretudo, do crescimento verificado nas MDD’s (Marcas da Distribuição) e das promoções constantes efectuadas pela Distribuição Moderna, que provocou a diminuição do preço médio comprado em 7,3%.
Como se disse anteriormente, o segmento de “colas regular” cresceu em valor 1.3%, mas em volume cresceu 4.2%, sendo que o crescimento também foi feito através do aumento de compradores, tal como no total da categoria.
No que diz respeito às quotas de mercado de fabricantes e de MDD’s, a situação continua idêntica ao período do YTD P04 2009, com as Marcas de Fabricantes a deterem três quartos do mercado em volume. Às MDD’s restam-lhe 24.5% do mercado e a verdade é que não conseguiram crescer, face ao período homólogo de 2009. (Ver gráfico nº1). Dentro das Marcas da Distribuição, o Lidl é a marca que se destaca claramente das restantes, apresentando uma quota de mercado em volume de 11%.
A tendência do segmento de “colas light” é muito diferente tanto relativamente ao total da categoria como de “colas regular”. Assim, embora tenha perdido em valor quase 5%, face ao YTD P04 09, muito por culpa da descida do preço médio por litro (-18.7%), esta categoria cresceu 17.1% em volume, em consequência do aumento da intensidade da compra, ou seja, a compra média por acto de compra incrementou 12.1%, enquanto a frequência de compra aumentou 4.5%.
Este foi um segmento muito dinâmico nos primeiros quatro meses de 2010, uma vez que duas insígnias da distribuição moderna lançaram “colas light”, o que permitiu alguma dinamização do mercado.
Existiram algumas movimentações e alterações relativamente à importância que as insígnias têm para “colas light” e ao consequente desempenho dos vários distribuidores. O Continente perdeu quota de mercado em volume, mas ainda assim é o líder no segmento. Esta insígnia tinha nos YTD P04 09 38.1% de quota, mas este ano desceu para 23.1%. A insígnia que mais beneficiou com esta descida do Continente foi o Lidl, que passou de uma quota de mercado de 6.4% no ano passado para 18.1% em 2010, que lhe permite ocupar a terceira posição do ranking, colando-se ao Pingo Doce, que é a segunda insígnia mais importante para o segmento, com uma quota de mercado em volume de 18.6%. (Ver gráfico nº2)

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