Opinião

Reter os melhores talentos

Por a 19 de Julho de 2010 as 10:35

A complexidade do mercado global em que as empresas hoje actuam obriga a uma especial atenção com os profissionais que as integram. A diferenciação que todas as empresas procuram já não é conseguida tão simplesmente através das características dos seus produtos e serviços. O capital humano assume um papel fundamental no processo, onde a valorização efectiva das pessoas não passa apenas por publicar frases chavão: “o melhor do mundo são as pessoas” ou “o principal capital da empresa são as pessoas”.

O grande desafio começa desde logo no recrutamento dos melhores candidatos. Em cada candidato deveremos ser capazes de identificar o conjunto de características e competências que podem efectivamente trazer valor acrescentado para a equipa existente e, consequentemente, atingir os melhores níveis de desempenho, tornando a empresa ainda mais competitiva.

O passo seguinte passa pela identificação de quem na empresa tem um desempenho excepcional. Implica, por um lado, a definição clara dos objectivos a atingir e, por outro, o exercício de práticas de avaliação e monitorização de desempenho.

Reter os melhores talentos coincide com a manutenção, na empresa, daqueles que atingiram melhores resultados, verificando-se uma “poupança” em processos relacionados com a rotatividade de pessoas, nomeadamente no processo de recrutamento e selecção e no investimento em formação e transferência de conhecimento.

Nos dias de hoje, com preocupações efectivas em termos de optimização de recursos, investir na retenção é um processo que poderá ter um impacto directo na redução de custos.

É justamente no momento em que as notícias revelam a conjuntura económica, onde os elevados níveis de desemprego e a diminuição de contratações figuram como personagens principais, que valorizar o que se tem de melhor é fundamental para reverter e ultrapassar dificuldades e desafios.

Importa então reflectir se nas nossas empresas criamos as condições necessárias para que talentos se desenvolvam, ou continuamos a preferir pessoas que se limitam a cumprir, sem ultrapassar um nível de desempenho mediano? Que práticas efectivas desenvolvemos para que cada pessoa goste do que faz e se sinta feliz no desempenho da sua função?

Não existe uma fórmula mágica para a retenção, mas são sem dúvida as pessoas que movem as organizações, que criam, que inovam, que transformam, que geram ideias e oportunidades. Criar ambientes de desenvolvimento de competências, identificar o que motiva cada pessoa, os seus objectivos, necessidades e ambições, reconhecer os seus esforços e resultados alcançados e estar disponível para ouvir, são sem dúvida ingredientes para uma receita de sucesso!

Ema Cruz, Directora de Recursos Humanos da Edigma

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