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Indústria recupera no primeiro trimestre

Por a 14 de Junho de 2010 as 16:39

De acordo com a informação mais recente da indústria nacional, no primeiro trimestre de 2010 assistiu-se a uma forte recuperação da actividade, com um crescimento significativo da produção e ainda mais forte das vendas, impulsionadas pela retoma da procura externa e dos preços à saída de fábrica.

O índice de produção registou uma variação homóloga de 4,2% no trimestre (-4,4% no anterior), incluindo uma subida de 6% em Março, enquanto as vendas aumentaram 11,8% (8,4% no mercado nacional e 18,3% no externo). O ramo da indústria transformadora mostrou-se o mais dinâmico na produção (aumento de 6,6%). Neste, a maior subida pertenceu aos bens intermédios, seguidos pelos de consumo e de investimento (3,8%, 3,4% e 1,8%, respectivamente), tendo-se verificado uma ordem inversa no caso das vendas devido à diferente evolução dos preços.

Já em Abril, o inquérito à indústria transformadora revelou uma melhoria acentuada das expectativas sobre os preços de venda, mantendo-se também perspectivas bastante favoráveis em relação à produção. Contudo, a recolha destes dados foi anterior à forte instabilidade dos mercados financeiros verificada desde finais de Abril, reflectindo o agravamento dos riscos de crédito soberano na Europa.

O Gabinete de Estudos da AEP espera, assim, “que o recente plano de empréstimos das autoridades europeias aos países em dificuldades consiga impedir o contágio da crise orçamental grega na zona do euro, assim como a instabilidade dos mercados financeiros e a interrupção da retoma económica global. Por outro lado, o plano contempla também uma consolidação orçamental acelerada nos países em situação difícil, como Espanha e Portugal, com impacto desfavorável sobre a procura dirigida à indústria nacional”.

Contudo, a crise orçamental grega conduziu também “a uma depreciação significativa do euro” (para um mínimo de um ano face ao dólar) que, “se não for completamente revertida na sequência do plano, poderá ajudar a reforçar as vendas nos mercados mais dinâmicos”.

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