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AHRESP manifesta-se contra entraves ao emprego

Por a 12 de Maio de 2010 as 10:13

Em comunicado, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), manifestou-se, recentemente, contra os entraves criados à contratação de profissionais dos sectores do turismo, tendo já solicitado ao Primeiro-Ministro a revogação deste articulado, ainda antes da sua publicação.

“Ao contrário do que seria desejável e expectável, principalmente numa época de crise económica, foi aprovada em Conselho de Ministros, uma medida que, além de criar uma burocracia desnecessária, constitui um verdadeiro entrave à contratação de profissionais dos sectores do turismo”, diz a AHRESP, referindo-se à obrigatoriedade, por parte das entidades empregadoras, “de comunicarem aos serviços da Segurança Social, a admissão de trabalhadores, mesmo antes destes serem contratados”.

Esta medida, na prática, não se afigura “sequer exequível”, admitindo a associação que, “uma vez que mais de 50% dos potenciais contratados, nos sectores da Hotelaria, Restauração e Bebidas, não comparecem no seu posto de trabalho, não exercendo qualquer actividade para a entidade empregadora, que, na verdade, nunca o chega a ser”.

Com esta situação, as empresas vêm-se na obrigação de efectuar mais uma comunicação, desta feita para informar que cessou o “vínculo contratual” que nunca existiu.

“A cultura instalada pelos potenciais trabalhadores nos nossos sectores é de aceitarem três ou quatro diferentes ofertas de trabalho, em simultâneo, e nos primeiros dias percorrê-las, afim de decidirem da eventual fixação”, refere o comunicado da AHRESP.

“Esta inusitada iniciativa está em claro contra-ciclo com o primado do SIMPLEX, que deve ir no sentido da diminuição das cargas administrativas e burocráticas, impostas às empresas, e que constituem um verdadeiro e desnecessário custo de contexto”, concluindo que “a promoção da empregabilidade deve ser um convite aos empregadores para que arrisquem, responsavelmente, oferecendo postos de trabalho, e não ao contrário, dizendo-lhes que não podem criar emprego, enquanto este não estiver com toda a burocracia tratada”.

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