Carrefour aberto a ofertas
O CEO do Carrefour, Lars Olofsson, referiu hoje, numa entrevista dada à revista Capital, estar aberto a analisar possíveis ofertas de compras nos países onde o retalhista não é líder.
“Existem mercados onde não sou líder, onde não tenho a certeza que se algum dia serei líder: se, porventura, receber uma oferta, estou pronto para considerá-la”, admitiu o responsável máximo pela operação do segundo maior retalhista mundial, sem, contudo, referir nomes de países.
“O Carrefour é lucrativo em todos os países onde opera. Por isso, não tenho qualquer pressão”, adiantou. “Idealmente”, salientou Olofsson, “é ser líder em todos os mercados de modo a ter os melhores custos, sinergias de marketing e melhor poder negocial”. E Olofsson deu um exemplo: “saímos da Rússia onde tínhamos anos de perdas à nossa frente”.
“Se o Carrefour era, até agora, um ‘investidor conquistador’, agora a ‘prioridade’ é ganhar os corações dos consumidores. O plano actual é não abrir novos mercados”.
Esta entrevista surge depois de no início do mês de Abril o jornal Le Figaro ter noticiado, sem revelar a fonte, que o Carrefour estaria interessado em sair de Portugal ao colocar à venda as 524 lojas Minipreço, ao que o retalhista não teceu qualquer comentário.
Na Bélgica, o retalhista anunciou o encerramento de 21 lojas e o corte de 1.672 empregos, ficando a preservação de outros 3.000 postos de trabalho condicionados à reestruturação, incluindo congelamento de salários.