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Lucros da Jerónimo Martins sobem 30%

Por a 28 de Abril de 2010 as 8:54

O grupo Jerónimo Martins (JM) fechou o primeiro trimestre de 2010 com uma subida das vendas consolidadas de 21,8% face a igual período do ano passado, totalizando 1,955 mil milhões de euros, contra os 1,605 mil milhões obtidos nos primeiros três meses de 2009.

Os lucros do grupo liderado agora por Pedro Soares dos Santos, CEO da JM, em substituição de Luís Palha, aumentaram 30,1% face ao mesmo período de 2009, totalizando 42,291 milhões de euros, quase 10 milhões de euros mais que no primeiro trimestre de 2009.

Já o EBITDA registou uma evolução de 17,5% para 118,3 milhões de euros, enquanto o EBIT aumentou 21,5% para 72,557 milhões de euros. Esta gestão financeira permitiu uma redução da dívida líquida consolidada para 735,2 milhões de euros, o que representa menos 201,4 milhões de euros em relação ao 1.º trimestre do ano anterior.

Em comunicado, a JM refere que “óptimo desempenho dos principais formatos do grupo resultou do cumprimento da prioridade estabelecida de aumentar quota de mercado através de uma evolução LFL (like-for-like) superior à média do sector, com base na solidez das propostas comerciais”. O crescimento de 9,7% das vendas LFL do grupo, no 1.º trimestre, “confirma”, de acordo com a JM, “o sucesso das estratégias implementadas no Pingo Doce, na Biedronka e no Recheio, cujas vendas LFL aumentaram, neste período, 9,7%, 13,3% e 2,2%, respectivamente”.

Por região, a JM registou uma evolução das vendas no retalho em Portugal de 9,5% para 670 milhões de euros, enquanto as operações de cash&carry e na Madeira cresceram 2,1 e 4,8%, respectivamente.

Em Portugal, a JM refere que se registou “uma queda de 4,9% nos preços do cabaz médio do Pingo Doce (em linha com o índice de inflação alimentar do País) no trimestre em análise”, adiantando que, “não obstante estas dificuldades, as vendas LFL aumentaram 9,7%, devido a uma fortíssima evolução de 15% dos volumes”.

Já a operação de cash&carry do Recheio continuou, segundo os responsáveis do grupo retalhista nacional, “a contornar a envolvente macroeconómica adversa que afecta tanto o canal Horeca como

o de Retalho Tradicional, registando um crescimento das vendas LFL de 2,2%”. Quanto aos volumes vendidos, registou-se um aumento de 4,0% face ao período homólogo.

Na Polónia, as vendas da Biedronka cresceram 21,2% em moeda local (+36,7% em euros), impulsionadas pela evolução LFL, pela abertura de 42 novas lojas e pela apreciação do zloty em relação ao euro (aumento de 12,8% na taxa de câmbio média para o período), totalizando as receitas em território polaco 1,087 mil milhões de euros, contra os 795,7 milhões de há um ano. O desempenho LFL manteve o “dinamismo já evidenciado no último trimestre do ano passado, atingindo 13,3% nos primeiros três meses de 2010”, destacando a JM o “crescimento LFL de 15,9% das categorias alimentares”.

O EBITDA gerado pela Biedronka cresceu de forma ainda mais assinalável (+26,8% em zlotys e +43,1% em euros) devido ao forte crescimento das vendas e ao aumento da margem em 30 pontos base para 6,5% das vendas.

Por fim, na Indústria, as vendas em volume tiveram uma evolução positiva, com especial destaque para o Azeite e Chá Gelado. Em valor, as vendas desta área de negócio registaram uma redução de 1,4%, reflectindo o decréscimo de preços no mercado.

Quanto a perspectivas, o comunicado da Jerónimo Martins conclui que “o desempenho dos vários modelos de negócio nos primeiros três meses do ano esteve de acordo com os objectivos traçados pelo grupo e reflecte posições de mercado muito fortes”. Assim, os responsáveis da JM confirmam a expectativa “positiva de uma sólida evolução das vendas e dos resultados até ao final de 2010”.

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